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Enviada em: 14/08/2018

O índice de infantes em situação de óbito, antes de atingir um ano de idade, elevou-se, recentemente, após mais de duas décadas de queda, segundo dados do IBGE. Tal fato demonstra a presença de um problema de saúde pública que, hoje em dia, atinge um grande contingente populacional. Nesse contexto, indubitavelmente, o acesso ao amparo médico, principalmente para gestantes e crianças, é deficiente, fruto de uma negligência estatal e, também, de uma postura cética de parte da população com procedimentos medicinais.        No que concerne à problemática exposta, a Carta Magna garante o direito à saúde de qualidade para todos os cidadãos. Contudo, nota-se, em locais precários e marginalizados, como algumas favelas, muitas vezes, um limitado acesso a cuidados médicos, sobretudo para gestantes, o que corrobora com a elevação da taxa de mortalidade infantil. Nesse viés, conforme registrou o autor Gilberto Dimenstein, em sua obra “O cidadão de papel”, os direitos, negligenciados na prática, só ocorrem no papel.        Ademais, recentemente intensificaram-se correntes de pensamento contrárias a práticas medicinais consolidadas, como as vacinas. Devido a essa postura, alguns pais optam por não submeterem seus filhos a imunizações, como a gatinha, contra a poliomielite. Inevitavelmente, há um impacto negativo na saúde, principalmente das crianças, notada, por exemplo, em recentes matérias do jornal “O Globo” que relatam o reaparecimento de doenças antes erradicadas por prevenção medicinal, como o sarampo e a rubéola.        Fica, portanto, evidente a necessidade de ações para reverter esse problema. Para isso, o Ministério da Saúde deve, por meio de projeto que priorize regiões carentes, mobilizar equipe e aparato médico para hospitais públicos, essencialmente voltados ao cuidado pré-natal, com intuito de atender as gestantes dos locais próximos e garantir uma gravidez segura. Já ONGs da saúde devem, por meio de folhetos distribuídos em bairros, instruir os cidadãos da importância das imunizações e os riscos de negligenciá-las, a fim de conscientizar a população. Sendo assim, é possível garantir a longevidade e bem-estar para as gestantes e seus filhos.