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Enviada em: 15/08/2018

As duas primeiras fases da transição demográfica do Brasil, conceito geográfico responsável por descrever a dinâmica do crescimento populacional, foram marcadas por grandes taxas de mortalidade infantil. Entretanto, a passagem da sociedade rural para a urbano-industrial na terceira fase teve como características os avanços medicinais e estruturais, responsáveis por diminuir a incidência de morte de crianças. Contudo, atualmente é possível perceber o contínuo aumento desse índice e a necessidade de intervir para a garantia do direito a saúde previsto na Constituição Cidadã de 1988.         Sob esse viés, a falta de investimentos em saneamento básico é um fator determinante para a permanência desse problema, pois a ineficácia do cumprimento desse direito é responsável pela morte de várias crianças. Nesse sentido, conforme o filósofo Confúcio, é necessário corrigir as falhas passadas para não perpetuar os mesmo erros. Nessa lógica, é preciso que a herança histórica de valorização do desenvolvimento de determinados lugares em detrimento dos outros seja interrompida, pois muitos estados ainda sofrem com precárias condições de tratamento de esgoto e água potável causadores de doenças com ampla mortandade infantil, como a esquitossomose e a diarreia.       Além disso, convém destacar o mau acompanhamento gestacional como uma das consequências desse aumento. Nessa perspectiva, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, 80% da morte de recém-nascidos poderiam ter sido evitadas com recursos acessíveis. Dessa forma, destaca-se a importância do pré-natal, a fim de evitar futuros riscos, no entanto  muitas mulheres ainda negligenciam essa assistência devido o desconhecimento da relevância para a saúde da criança.       Urge, portanto, a indispensabilidade de medidas capazes de diminuir mortalidade infantil no país. Posto isso, cabe ao Governo Federal um maior incentivo financeiro no Plano Nacional de Saneamento com o objetivo de localizar, tratar e pesquisar as soluções mais eficiêntes no tratamento da água e do esgoto e, simultaneamente, a sociedade deve cobrar a realização dessa medida através do acompanhamento em reuniões dos governantes e por meio das redes sociais. Outrossim, é crucial que o Ministério da Saúde, em parceria com as redes televisivas e sociais, promovam ações de conscientização por intermédio de campanhas de duração contínuas sobre a importância do pré natal.