Materiais:
Enviada em: 17/08/2018

Aquarela          Negligência, descaso e desestruturação, tais características sequênciam o aumento da mortalidade de crianças no Brasil. Nesse viés, a Revolução Industrial, no século XVIII, destacou altos índices de mortalidade infantil devido à falta de saneamento básico e trabalho para menores, reduzindo o desenvolvimento humano. Por outro lado, o Brasil vem trabalhando para diminuir o número de óbitos nessa categoria, porém o problema volta a crescer. Sendo assim, faz-se necessário uma análise dos investimentos voltados para esta área, como também, a sistemática de saúde utilizada.                 Em princípio, vale-se destacar o plano de metas econômicas direcionadas para a causa. Nessa ideia, segundo a ideologia do líder Nelson Mandela, não existe melhor forma de conhecer uma sociedade do que vendo como trata suas crianças. Desse modo, nota-se a extrema importância do manobramento correto dos frutos economicos nacionais, pois a falta de repasses financeiros para tais setores sociais está sendo um dos vetores para o aumento da mortalidade de menores de 12 anos, atindindo diretamente a saúde e a assistência social, então garantir o direito à vida, dado na Declaração dos Direitos Humanos, acaba não concretizando-se.           Ademais, o manejamento da saúde do país transforma-se em algo decisivo. Nesse plano, a Revolta da Vacina, no século XIX, representou uma vitória contra as doenças que assolavam a população, todavia com a não vacinação, as crianças, biologicamente mais vuneráveis, acabam sendo atingidas por patologias diversas. Além disso, a falta de estrutura e tratamentos pré-natais implicam no nascimento dos bebês e no seu desenvolvimento, então quando não se reproduz uma base saudável temos um efeito cascata, no qual crianças doentes precisam de mais auxílio e sem o tal ficam mais morbidas, causando a mortalidade. Sendo dessa forma, seguindo o conceito de inércia, se nada for feito a situação continuará em crescimento exponencial.                 Urge, portanto, o dever de se visualizar a métrica econômica federal junto às políticas sociais de saúde. Nesse sentido, o Ministério da Fazenda trabalhando em conjunto com o Ministério da Saúde poderá transformar a base da saúde infantil, direcionando os recursos para programas de auxílio à gestantes, com obstetras e acompanhamento da assistência social, também, compra e propaganda de vacinas, tendo a sua reprodução garantida pelo Conselho Tutelar local. Assim, as crianças poderão desenvolver-se com saúde e orientação, pois, como na música Aquarela, de Toquinho, elas poderão desenhar um novo e melhor futuro.