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Enviada em: 17/08/2018

Na conjuntura contemporânea, aborda-se constantemente a importância de dados como a taxa de mortalidade infantil, que pode ser definida como o número de crianças de um determinado local que morrem antes de completar 1 ano, a cada mil nascidas vivas, e pode ser considerado um importante indicador da qualidade de vida e da eficácia dos serviços públicos.       É de amplo conhecimento que no governo atual têm ocorrido diversos cortes de gastos públicos e sociais, onde houve o cancelamento de programas sociais como Rede Cegonha, Programa de Alimentação Escolar (Pnae), Bolsa Família, e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que até então contribuíram de forma significativa para a baixa na taxa de mortalidade infantil e para a erradicação da fome no Brasil. Em decorrência disso, em 2016 o país registrou alta de 11% na referida taxa, após décadas de queda, ao passo que problemas como a falta de assistência e orientação às grávidas, a deficiência na assistência hospitalar, a desnutrição, e simples questões gastrointestinais como a diarreia, causadas pela ausência de saneamento básico, vem sendo as principais causas das mortes.       Paralelo a isso, é lícito citar a Constituição de 1988, que declarou a saúde como um direito de todo cidadão, contudo, tal premissa não vem sendo cumpridas pelo Estado, e a população se vê refém de um sistema de saúde precário e desigual, onde quem mais sofre, segundo a diretora-executiva da fundação Abrinq, é a população mais vulnerável.       Fica claro, dessa forma, que cortar o investimento social no curto prazo e não levar em conta, a médio longo prazo, o aumento de gastos na rede pública de saúde, é um agravante não só da mortalidade infantil, mas da crise econômica e social que tem sido enfrentada pelo país. Portanto, cabe ao governo a aplicação correta de seus recursos em programas sociais, na melhoria do sistema público de saúde e do saneamento básico, contribuindo, dessa forma, para a diminuição da mortalidade infantil.