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Enviada em: 20/08/2018

Olhos fechados para as crianças   Atualmente, torna-se pertinente discorrer acerca do recente aumento da taxa de mortalidade no Brasil. Sabe-se, de acordo com o Ministério da Saúde, que desde 1990 o país não apresentava um aumento dos índices de mortalidade. Entretanto, algumas variáveis, como o aparecimento do Zika vírus, o baixo investimento na saúde e a falta de vontade política, influenciam para o aumento da mortalidade. Por isso, percebe-se a necessidade de interferência imediata na questão abordada.   Inicialmente, vale salientar que há variáveis diversas quando se discute acerca do aumento no número de mortes prematuras entre as crianças. Vale citar, como exemplo, o aumento repentino no número de casos de Zika no Brasil, responsáveis por algumas anomalia encefálicas em crianças. Há autoridades que afirmam esse surgimento como causa do fenômeno observado, porém, a opinião de que o aumento dos indices está ligado a falta de investimento vem ganhando mais destaque nas discussões. Tal destaque se dá pelo que se evidencia nos hospitais públicos pelo país, em que se observa a falta de novos equipamentos, o número baixo de ambulatórios e a incapacidade de absorção da demanda.   Evidencia-se, também, como causa do aumento da mortalidade infantil, a falta de vontade política no empenho para solucionar o caos vivido na saúde  atualmente. Como forma de elucidar a questão, vale citar o filósofo Sartre, que diz: "o ser-humano é responsável e racional, e cabe a ele trabalhar para melhor organizar a sociedade, de forma a manter harmônico o convívio social". Tomando por base o exposto, percebe-se que o que prega o filósofo não é visto em nossa sociedade atual, em que a questão da saúde é abordada de forma pouco prioritária e com caráter pouco eficaz, abrindo espaço para  interferências no que tange o assunto.   Tendo em vista os aspectos observados, salienta-se que a problemática se dá em torno do baixo investimento e da falta de vontade política. Em vista disso, é imprescindível que o Ministério da Fazenda estabeleça um maior financiamento nos setores da saúde, a partir de iniciativas como a criação de um teto mínimo de investimento mais alto, com o propósito de evitar retrocessos na área da saúde. Ademais, é papel do Governo Federal estabelecer como meta a maior discussão sobre a mortalidade infantil entre os parlamentares, por meio de ações concretas como a obrigatoriedade da discussão durante as sessões realizadas. A fim de que o assunto esteja sempre em evidência. Com essas realizações espera-se diminuir os casos de mortes prematuras no Brasil.