Assim como os escravos, nos tempos de expedições marítimas, não tinham culpa da baixa expectativa de vida gerada, por exemplo, pela exploração do conquistador, hoje, os indivíduos com menos de 1 ano de vida também não são os responsáveis pela crescente taxa de mortalidade infantil. Sendo assim, a não orientação das futuras mães, aliada a precárias condições de vida, são causas agravantes do problema. A ocorrência da problemática encontra sua maior dificuldade na falta de instrução das gestantes. Embora, nos dias atuais, de acordo com o geógrafo Milton Santos, a revolução técnica, científica e informacional esteja em ascensão, propiciando avanços para o campo da Medicina, nos interiores de algumas localidades as pessoas não possuem acesso a essas inovações. Cabe citar, como exemplo, o bairro Engenheiro Marsilac que, segundo o Ministério da Saúde, em 2016, apresentou a maior taxa de mortalidade infantil de todo o estado de São Paulo. Por consequência disso, as grávidas não recebem um acompanhamento eficaz, a fim de monitorar todo o período gestacional, de modo a objetivar que o bebê, ao nascer, tenha uma vida saudável. Ademais, precárias condições de vida também contribuem para a intensificação do óbito dos pequenos. Assim, doenças e infecções, principalmente as sexualmente transmissíveis, podem ser passadas ao feto. Essas ocorrências acontecem, quase que, exclusivamente, nos bairros e regiões mais carentes, tendo em vista que não possuem saneamento básico ou um sistema de saúde de qualidade. Portanto, fatores externos também influenciam para a crescente do problema. Sob essa ótica, fica claro que o Ministério da Saúde deve realizar investimentos em áreas de maior taxa de mortalidade infantil, criando novos postos e clínicas, por meio de licitações, a fim de que as empresas contratadas efetuem as obras e contratem novos profissionais da medicina, de modo que seja garantida a acessibilidade das gestantes aos meios inovadores, capazes de acompanhar todo o trabalho de parto das mulheres, evitando, por exemplo, problemas no período de gestação. Além disso, é fundamental que os órgãos municipais, mediante arrecadação dos impostos pagos pela sociedade, direcione as reformas governamentais para o setor de saneamento básico, com a intenção de implementar ações voltadas para a minimização de doenças, efetuando a coleta, o tratamento de esgoto e a limpeza urbana adequadamente, pois, assim, será possível garantir o desenvolvimento da nação.