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Enviada em: 20/08/2018

Assim como os escravos, nos tempos de expedições marítimas, não tinham culpa da baixa expectativa de vida gerada, por exemplo, pela exploração do conquistador, hoje, os indivíduos com menos de 1 ano de vida também não são os responsáveis pela crescente taxa de mortalidade infantil. Sendo assim, a não orientação das futuras mães, aliada a precárias condições de vida, são causas agravantes do problema.       A ocorrência da problemática encontra sua maior dificuldade na falta de instrução das gestantes. Embora, nos dias atuais, de acordo com o geógrafo Milton Santos, a revolução técnica, científica e informacional esteja em ascensão, propiciando avanços para o campo da Medicina, nos interiores de algumas localidades as pessoas não possuem acesso a essas inovações. Cabe citar, como exemplo, o bairro Engenheiro Marsilac que, segundo o Ministério da Saúde, em 2016, apresentou a maior taxa de mortalidade infantil de todo o estado de São Paulo. Por consequência disso, as grávidas não recebem um acompanhamento eficaz, a fim de monitorar todo o período gestacional, de modo a objetivar que o bebê, ao nascer, tenha uma vida saudável.       Ademais, precárias condições de vida também contribuem para a intensificação do óbito dos pequenos. Assim, doenças e infecções, principalmente as sexualmente transmissíveis, podem ser passadas ao feto. Essas ocorrências acontecem, quase que, exclusivamente, nos bairros e regiões mais carentes, tendo em vista que não possuem saneamento básico ou um sistema de saúde de qualidade. Portanto, fatores externos também influenciam para a crescente do problema.          Sob essa ótica, fica claro que o Ministério da Saúde deve realizar investimentos em áreas de maior taxa de mortalidade infantil, criando novos postos e clínicas, por meio de licitações, a fim de que as empresas contratadas efetuem as obras e contratem novos profissionais da medicina, de modo que seja garantida a acessibilidade das gestantes aos meios inovadores, capazes de acompanhar todo o trabalho de parto das mulheres, evitando, por exemplo, problemas no período de gestação. Além disso, é fundamental que os órgãos municipais, mediante arrecadação dos impostos pagos pela sociedade, direcione as reformas governamentais para o setor de saneamento básico, com a intenção de implementar ações voltadas para a minimização de doenças, efetuando a coleta, o tratamento de esgoto e a limpeza urbana adequadamente, pois, assim, será possível garantir o desenvolvimento da nação.