Materiais:
Enviada em: 21/08/2018

Durante os primeiros experimentos cirúrgicos na área da saúde, ocorridos nas regiões árabes, foi detectada uma grande percentagem de morte de gestantes e recém-nascidos após o procedimento devido a infecções. Após verificações, constatou-se que a precariedade na higienização do cirurgião, dos materiais cirúrgicos e do ambiente onde se dava era a causa, o que resultou na criação da "Teoria do germe". No contexto contemporâneo, tanto no Brasil quanto no mundo, já são aplicados métodos mais seguros durante os procedimentos devido aos avanços em pesquisa e em tecnologia. Porém, a taxa de mortalidade infantil no Brasil voltou a aumentar nos últimos anos, fato esse que gera preocupação e necessidade de maior discussão do assunto.    Segundo Aldous Huxley, os fatos não deixam de existir só porque são ignorados, e ao analisar o atual cenário da saúde pública no Brasil, pode-se notar que os investimentos nessa área têm sido "esquecidos" pelo governo, que os faz de maneira insuficiente. Devido à precariedade dos hospitais, muitas mães concebem seus filhos em ambientes inóspitos e sem o devido cuidado médico, que é insuficiente desde o pré-natal, durante o parto, até período de puerpério. Essas mães e crianças, sem o devido acompanhamento e instrução, acabam por ter sua saúde e vida postas em risco.     Outrossim, segundo Nelson Mandela, pode-se conhecer a "alma" de uma sociedade ao se observar a forma como essa trata suas crianças. Ao associar tal afirmação ao atual cenário brasileiro, é perceptível a atitude irresponsável de muitas famílias, que têm deixado de vacinar suas crianças devido à recente crença na associação da aplicação das vacinas com o desenvolvimento de doenças autoimunes como o autismo, por exemplo. Apesar de já haver comprovação da incoerência em tal teoria, muitos pais insistem em não vacinarem seus filhos. Tal atitude põe em risco a vida dessas crianças, que, sem a administração de tais medicações, ficam vulneráveis a contaminações.     Infere-se, portanto, que medidas devem ser tomadas a fim de se solucionar o impasse. Cabe, portanto, ao Ministério da Saúde, em associação ao Poder Executivo, a realização de projetos que priorizem o investimento na ampliação da rede de hospitais e na contratação de médicos, de modo a melhorar a qualidade no atendimento às gestantes e às crianças desde o ventre até seu desenvolvimento e diminuir o risco de contaminações. Além disso, cabe também ao Ministério da Saúde a criação de propagandas nas mídias televisivas e na internet, com o objetivo de esclarecer a respeito da necessidade da vacinação das crianças e alertar as famílias a respeito dos riscos de não o fazer. Desse modo, poder-se-á analisar a "alma" da sociedade brasileira, como disse Mandela, e não haver mácula concernente ao cuidado com as suas crianças.