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Enviada em: 22/08/2018

Segundo Schopenhauer, o maior erro do homem seria sacrificar a saúde. Desse modo, percebe-se que o aumento da taxa de mortalidade no Brasil é reflexos de tal erro. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados como a condição social das famílias e a rejeição por parte destas às vacinas.       Em primeira análise, cabe pontuar que mesmo com taxas reduzidas desde 1990, a renda, localidade em que vive e etnia contribuíram para aumentos na mortalidade infantil no Brasil. Pessoas mais pobres e/ou de zonas periféricas estão mais suscetíveis à quase nenhum saneamento básico e a acessibilidade aos hospitais é complicada, em função da distância dos mesmo. São situações como essas que limitam a saúde dos frágeis bebês, como diz a Organização Mundial Saúde (OMS). Além disso, rescém-nascidos indígenas em tribos chegam a ter duas vezes mais chances de morrer antes do primeiro ano de idade (OMS). Dessa forma, garantir melhoras na infraestruturas das periferias e fornecer auxílio médico alcançável a essas regiões é crucial.       Ademais, convém frisar que a desinformação e o surgimento de falsas notícias sobre o assunto fizeram com que surgissem quadros nacionais de rejeição às vacinas, pondo em risco a saúde de toda a população, principalmente da parcela com até um ano de idade. Uma prova disso está nas recentes pesquisas do Ministério da Saúde, que mostram a volta de doenças graves como o sarampo e a possível volta da poliomielite - doença erradicada no Brasil desde o século passado -. Diante disso, percebe-se a importância da promoção de informações sobre as vacinas, além da retomada dos seus estímulos, como as campanhas do Zé Gotinha.       Portanto, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que Poder Público promova a construção de hospitais em áreas mais periféricas e que trabalhe na garantia das condições básicas de saneamento, introduzindo redes de esgoto e água potável. Cabe ainda ao Ministério da Saúde, em apoio de ONGs o papel de auxiliar indígenas desde a gravidez ao nascimento da criança, mas sem interferir na cultura daquele povo. Ademais, é essencial que o Estado promova campanhas nos veículos midiáticos e que com o apoio de escolas realize feiras e palestras informativas sobre a necessidade da vacinação dos bebês e de toda a população. Tomadas tais atitudes, as taxas de mortalidade infantil tenderão a reduzir novamente, evitando o progressão do maior erro do homem.