Materiais:
Enviada em: 22/08/2018

De acordo com a Constituição Federal, todos os indivíduos possuem o direito de ter acesso a um sistema de saúde público de qualidade. Contudo, muitas pessoas que dependem desse mecanismo, como, por exemplo, as grávidas, tendo em vista que necessitam de um acompanhamento gestacional, não conseguem obter essa acessibilidade de maneira eficaz, gerando, então, por consequência, a morte de recém-nascidos. Dessa forma, a taxa de mortalidade infantil cresce, seja pela ineficiência dos órgãos estatais, seja pela falta de instrução das gestantes.     Em primeiro plano, é válido afirmar que o Brasil passou por uma grave crise econômica no ano de 2016. Tal fato coincidiu com o aumento, depois de 26 anos de queda, segundo o Ministério da Saúde, da taxa de mortalidade infantil. Desse modo, como o Estado estava em déficit, os programas sociais tiveram um declínio, e, consequentemente, o acompanhamento pré-natal, visando identificar e tratar doenças que trazem prejuízos à saúde da mãe ou da criança, foi prejudicado. Assim, as crianças que nascem sem essa assistência ficam vulneráveis a uma série de doenças, como, por exemplo, a microcefalia e a sepse, que são as causas de muitos óbitos de recém-nascidos.      Outrossim, a falta de instrução técnica de muitas gestantes também é um agravante para essa problemática. Embora, nos dias atuais, de acordo com o geógrafo Milton Santos, a revolução científica e informacional esteja em ascensão, propiciando avanços para o campo da Medicina, nos interiores de algumas localidades as grávidas não possuem tal acessibilidade, e, por conseguinte,  eventualmente, fazem usos de substâncias e realizam atividades capazes de prejudicar a saúde do bebê. Um exemplo disso é quando as mulheres fumam durante o período gestacional, possibilitando, como resultado, o mau desenvolvimento do feto e/ou a morte da criança.       Sob essa ótica, o Ministério da Saúde deve priorizar investimentos em áreas onde o número de mortes desses indivíduos é maior, criando novos postos e clínicas, por meio de licitações, a fim de que as empresas contratadas efetuem as obras e contratem novos profissionais da medicina, de modo que seja garantida a acessibilidade das gestantes aos meios inovadores, capazes de propiciar o acompanhamento eficaz de todo o trabalho de parto das mulheres, evitando, por exemplo, problemas no período de gestação. Além disso, é fundamental que os órgãos municipais cedam lugares públicos às organizações não governamentais, para, por meio de palestras e conferências, médicos e outros especialistas possam informar às grávidas o que elas necessitam para garantir o bom desenvolvimento do feto e, dessa forma, o crescimento saudável da criança, pois, assim, a taxa de mortalidade infantil poderá voltar a diminuir no Brasil.