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Enviada em: 26/08/2018

''O importante não é viver, mas viver bem.'' Segundo Platão, a qualidade de vida tem tamanha importância de modo que ultrapassa a da própria existência, no entanto, essa não é uma realidade vivenciada pelos infantes que, diante do aumento das taxas de mortalidade, apenas vivem. Desse modo, ao invés de aproximar a realidade descrita por Platão, o Estado acaba contribuindo para o aumento dos casos de mortalidade infantil no país.  Parafraseando Gandhi, aquilo que se faz no presente determina o futuro. Por conseguinte, é de extrema importância que o Estado direcione sua atenção a falta de investimento na área da saúde, todavia, a negligência estatal diante dessa questão se mostra como um dos desafios à estabilidade da redução das taxas de mortandade causadas pelo baixo auxílio desde o início da gravidez. Isso porque não há uma assistência de qualidade para essas mulheres que, muitas vezes, não conseguem obter consultas até mesmo próximo de dar à luz, o que minimiza as chances de vida da criança. Visto isso, a realidade descrita por Platão é inviável no Brasil. Ademais, a situação se agrava quando, segundo pesquisas, o Brasil teve um aumento significativo de 5% na mortalidade infantil, em 20 estados, o que confirma a escassez de um atendimento hospitalar para esses indivíduos. Simultaneamente a isso, a desnutrição e a falta de saneamento básico contribui de maneira exponencial para essa problemática, visto que viabiliza o surgimento de doenças que podem afetar tanto a mãe quanto a criança. Conjuntamente, segundo dados do Jornal da Record, os problemas são ainda maiores como, a título de exemplo, o vírus da Zika ter influência no aumento da morte desses indivíduos, o que apenas confirma que a falta de investimento na saúde contribui diretamente com essa questão. Desse modo, o descaso estatal dificulta, ainda mais, a aproximação da realidade descrita por Platão da vivenciada por esses indivíduos.  Portanto, torna-se evidente a necessidade de uma aplicação de medidas que aproxime a realidade descrita por Platão. Por conseguinte, seria interessante que a mídia, o quarto poder, abordasse essa temática por meio de documentários ou novelas, para alertar a sociedade sobre os riscos de não ter um acompanhamento gestacional regular. Outrossim, seria interessante que o Estado, em parceria com o Ministério da Saúde, realizasse uma maior e melhor seleção e qualificação de profissionais principalmente em áreas de pouco investimento, onde a população deve se deslocar para grandes áreas; o acompanhamento em grupos (profissionais da saúde e gestantes), orientando os cuidados que devem ser tomados durante essa fase é de extrema importância para a saúde tanto da mãe quanto da criança. Só assim os indivíduos não apenas viverão, mas viverão bem.