Materiais:
Enviada em: 31/08/2018

No Brasil do século XIX, a mortalidade infantil era algo comum na sociedade, uma vez que problemas de saúde, condições precárias de moradia e falta instrução dos pais eram fatores determinantes para a morte de crianças com menos de 5 anos de idade. Anos se passaram e o país conquistou melhores condições sanitárias para seu povo e, as taxas de morte entre o público infantil decaíram. Todavia, em 2016, o percentual de mortalidade infantil voltou a crescer. Um problema que tem suas raízes ligadas à má distribuição de saúde para os mais pobres, consoante ao baixo índice de vacinação nas crianças.       Em primeiro plano, sabe-se que o índice de mortalidade infantil quando em decrescimento representa um país em desenvolvimento, no entanto quando ocorre o inverso, demonstra que há uma queda no índice de qualidade de vida. Ademais, demonstra que o estado falha em um dos direitos básicos, o direito à vida. Problema que é gerado na deficiência do acesso dos menos favorecidos ao sistema público de saúde, visto que há ausência de médicos, consultas e assistência básica de saúde. Segundo a UNICEF, na América Latina, cerca de 60% das crianças nascidas não tem acesso à saúde, sendo essas as que tem menor poder econômico, logo as camadas mais pobres necessitam da atenção dos sistemas de Saúde.        Outrossim, entra como fator marcante a queda nos índices de vacinação do Brasil, principalmente entre as crianças recém-nascidas. De acordo com o Ministério da Saúde, apenas a vacina BCG atinge 90% das crianças, outras vacinas como  a da Poliomielite não atinge 50% do esperado pela Sbim (Sociedade Brasileira de imunizações), que pretende vacinar 95% do público alvo. Sendo assim, os índices de imunização caem e consequentemente ocorre retorno de doenças, que por sua vez podem levar crianças menores de 12 meses a morte.       Diante do exposto, cabe ao Governo Federal junto ao Ministério da Saúde, deliberarem com instituições responsáveis, para a criação de um projeto de assistência médica permanente. Para que se possa realizar dentro de hospitais e postos de saúde, o atendimento  médico para crianças recém-nascidas e crianças de outras faixas etárias. A fim de sanar o problema e  trazer o Brasil de volta ao cenário de decrescimento das taxas de mortalidade infantil. Também, faz-se necessário o investimento em campanhas de vacinação e mutirões solidários em bairros, centros e periferias em parceria com ONGS , como a Pastoral da Criança, com intuito de normalizar os índices de imunização. Dessarte, o problema será corrigido e o Brasil deixará o cenário de mortalidade infantil como um triste passado dos séculos de outrora.