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Enviada em: 01/09/2018

O Brasil vinha se destacando no cenário mundial em relação à diminuição da taxa de mortalidade infantil ao longo de duas décadas. Todavia, segundo o Ministério da Saúde, esse índice voltou a crescer, registrando um aumento de 4,9% de 2015 para 2016. Diante desse cenário, pode-se afirmar que a crise econômica no país nos últimos anos e os cortes na saúde pública são as principais causas desse acréscimo.       Primeiramente, deve-se salientar que a crise na economia brasileira influenciou o crescimento da taxa de mortalidade. Devido a disso, houve aumento do desemprego e estagnação dos programas sociais por parte do governo, impactando na renda familiar. Porquanto, as famílias tiveram menos recursos financeiros para adquirir alimentos adequados. Assim, favoreceu a ocorrência de óbitos de recém-nascidos e crianças pequenas devido à ingestão insuficiente dos nutrientes necessários para o desenvolvimento, segundo pediatras.       Ademais, o corte de verba destinada à saúde pública contribuiu para o aumento significativo da mortalidade infantil. Essa medida intensificou a precariedade dos serviços básicos oferecidos nas unidades de saúde como pré-natal, auxílio às gestantes de risco, consultas pediátricas e oferta de medicamentos. Por consequência, essa ineficiência no atendimento às grávidas e às crianças ocasionou uma suba do número de óbitos, principalmente, em epidemias como Zika Vírus e H1N1 que, sem tratamento adequado, leva à morte.       É indubitável, portanto, que medidas devem ser tomadas para impedir o aumento da taxa de mortalidade infantil. Logo, o governo federal deve priorizar os serviços que atendem crianças e gestantes. Para isso, precisará ampliar o número de leitos nas alas pediátricas, contratar mais pediatras e obstetras para as unidades de saúde e acrescer o estoque de materiais hospitalares e medicamentos. Outrossim, o governo deverá dar continuidade aos programas sociais que oferecem auxílio financeiro às famílias para que possam ter acesso à alimentação adequada.