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Enviada em: 28/09/2018

Promulgada em 1988, a constituição federal garante a saúde como direito fundamental do ser humano, devendo o estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.No entanto, o aumento da taxa de mortalidade infantil no Brasil demonstra que esse direito não está sendo exercido. Diante dessa perspectiva, cabe-se avaliar os fatores que favorecem esse quadro: baixo investimento no pré-natal e a precariedade do saneamento básico.   Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial, é racional acreditar que o Brasil tenha um sistema de saúde público que ofereça grande suporte às gestantes, mais especificamente, um bom serviço de pré-natal. Contudo, a realidade é diametralmente oposta a essa expectativa, e o resultado disso é refletido no aumento da taxa de mortalidade infantil. Segundo o portal de notícias "O Globo" cerca de um terço dos bebês que nasceram em 2016 não tiveram o pré-natal adequado. Diante do exposto, é inadmissível que nossas crianças continuem morrendo por causas, das quais, muitas são perfeitamente evitáveis.   Ademais, a precariedade do saneamento básico acaba funcionando como um impulsionador do problema. Como diz o escritor português José Saramago: "Há sempre um zarolho ou um esperto que nos governa". Nesse contexto, infelizmente, a problemática da falta de água encanada ainda assola as famílias mais pobres, tendo como consequência disso, a propagação de doenças intestinais entre as crianças.   Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema.A União deve fazer um repasse maior dos recursos para o governo estadual, o qual destinará à construção de postos de saúde e contratar pediatras, com o objetivo de regularizar os exames do pré-natal. Além disso, o município precisa interligar as fontes de água potável até as casas carentes desse serviço, através da construção de tubulações. Dessa forma, espera-se que o Brasil volte a reduzir suas taxas de mortalidade infantil.