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Enviada em: 04/06/2019

Taxa de mortalidade infantil, consiste no número de óbitos de crianças com idade inferior a um ano de vida, para cada mil nascimentos durante o intervalo de um ano. No Brasil, em 2016, segundo dados do Ministério da Saúde, houve um aumento na taxa, depois de 25 anos de queda. Essa mudança se deve, sobretudo, devido à queda na vacinação de crianças, motivado, especialmente, por "fake news" e pós-verdades, e a falta de assistência governamental em algumas regiões do país, gerando a ausência de políticas públicas as quais ajudariam a sanar o problema, como o saneamento básico.       Sob esse viés, a pós-verdade e as notícias falsas, difundidas nas redes sociais, afetam as campanhas de vacinação, pois divulgam falsos malefícios relacionados a vacinação, como associar autismo em crianças com o ato de vaciná-las. Dessa forma, muitos pais estão deixando de vacinar os filhos, consequentemente, houve o reaparecimento de doenças já extintas do Brasil, como é o caso da poliomelite. Além disso, houve uma queda no percentual da cobertura vacinal, segundo dados do Ministério da Saúde, em 2016, a porcentagem da vacinação da poliomelite era de 84,43%, em 2017, houve uma queda para 78,4%. Isso é preocupante, porque a doença a qual é capaz de ser fatal, pode ser evitada com o ato de vacinar e não está havendo atenção por parte dos pais.       Nesse contexto, a ausência de políticas públicas provoca o aumento na taxa de mortalidade infantil, visto que, gestantes em condições de vida precária, morando em local sem saneamento básico, aumenta a chances da criança morrer com idade inferior a um ano. Isso é visível ao comparar as regiões com maior taxa de mortalidade infantil com a ausência de políticas públicas, como o saneamento básico. Desse modo, a região Norte do país apresentou, em 2015, a maior taxa, 18,1, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a mesma região tem a menor porcentagem de municípios com rede de esgoto, 13,2%, segundo o IBGE. Logo, mesmo o país em cenário de recessão econômica não pode reduzir o investimento em políticas públicas.        Portanto, o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação, deve promover palestras, contendo informações sobre os benefícios do ato de vacinar, desmentindo as notícias falsas e divulgando as campanhas de vacinação para população, essas palestras devem ser feitas ou nos postos de saúde ou nas escolas, voltadas para os pais e administrada por profissionais da saúde e pedagogos, a fim de promover um maior engajamento da população com as campanhas de vacinação e, assim, reduzir a taxa de mortalidade infantil. Ademais, o Ministério de Infraestrutura, deve promover uma maior cobertura dos municípios com rede de esgoto, focando nas regiões Norte e Nordeste, essas obras tem por finalidade reduzir a mortalidade infantil. Com a adoção dessas medidas o problema pode ser sanado.