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Enviada em: 17/04/2019

O desenvolvimento tecnológico durante a Revolução Industrial, no século XX, proporcionou um avanço na Medicina, aumentando a expectativa de vida da população. Entretanto,  constata-se hoje um aumento da mortalidade infantil no Brasil, em decorrência do aumento de sua desigualdade social, além do surgimento de epidemias como o zikavírus.       Em primeiro lugar, a crise econômica agrava a desigualdade do país e, consequentemente, do acesso à recursos públicos. Durante o período colonial, a Conjuração Baiana foi um movimento emancipacionista que, entre outros fatores, criticava o descaso governamental com a região após a transferência da capital para o Rio de Janeiro. Atualmente, o Norte e o Nordeste, regiões de menor concentração econômica do país, ainda são marginalizadas e, segundo o IBGE, possuem o maior índice de mortalidade infantil, evidenciando sua relação com a falta de acesso desses locais.       Além disso, o surto de epidemias transmitidas por mosquitos, como o zikavírus, também é fator importante para a morte de bebês e crianças, que apresentam menor resistência imunológica. Como as áreas periféricas recebem menor investimento, muitas vezes apresentam condições precárias. Um grande exemplo é a falta de rede coletora de esgoto, realidade em 44,8% das cidades do país e nas favelas de grandes cidades. Em locais que essa água suja corre em locais abertos, é acentuada a proliferação dos mosquitos, pondo em risco a população local.            Dessa maneira, pode-se concluir que o aumento da taxa de mortalidade infantil é reflexo da desigualdade presente no país. O Governo Federal deve, portanto, fornecer subsídios fiscais para a ampliação e manutenção do SUS, atuando na prevenção de doenças em bebês e crianças de regiões pobres. Ademais, é imprescindível a construção de sistemas de saneamento básico adequados para todos os municípios do Brasil, além do investimento em programas de financiamento de casas populares, que possibilitem a saída da população de locais de risco.