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Enviada em: 02/05/2019

A década de 90 é marcada pela consolidação do intenso trabalho de imunizações infantís através das vacinas por todo o Brasil, erradicando doenças epidemiológicas como o sarampo. No panorama atual, a disparidade nas taxas de mortalidade infantil revela que a vida das crianças brasileiras voltaram a ser ameaçadas. Sendo assim, é preciso entender como o descaso do Estado e a falta de orientação adequada atuam nessa problemática.    O filósofo Thomas Hobbes em sua obra retrata o Estado como o grande "leviatã", que dotado de poder absoluto interfere por tudo e todos. A realidade no Brasil não destoa desse pensamento, ao contrário, a precaridade nas áreas essenciais atuam diretamente na mortalidade infantil. Esse problema impede e prejudica a qualidade de vida das gestantes e crianças, aumentando o risco de contaminação com água e alimentos, devido a precaridade desse serviço essencial. Prova disso é que tais fatores são as principais causas de morte nessa faixa etária, segundo estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS).    Além disso, nota-se, ainda, que a falta de assistência as grávidas prejudicam diretamente a saúde dos recém nascidos. Cuidados na alimentação, atividade físicas, acompanhamento pré-natal; passos primordiais para a gestação são inacessíveis para muitas mulheres, principalmente as de áreas mais pobres. Em razão da não existência da difusão de informação mais abrangentes sobre esses passos durante a gestação, a saúde desse grupo é mais uma vez posta em risco.       Diante disso, é dever do Estado ampliar investimentos centralizados em saneamento básico, atuando em regiões de alta circulação populacional, evitando o agravamento desse quadro. Ademais, o Ministério da Saúde deve implementar centrais de atendimentos para as gestantes de áreas periféricas, dispondo de uma equipe especializada orientando de forma humanizada essas mulheres sobre os cuidados e riscos da gestação. Tais medidas podem frear o aumento do índice de mortalidade infantil no país.