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Enviada em: 03/11/2018

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos - promulgada em 1948 pela ONU (Organização das Nações Unidas), - é direito de todos os cidadãos, sem qualquer distinção, o acesso à saúde. Contudo, evidencia-se no cenário brasileiro a precariedade dos sistemas de saúde fazendo com que a população recorra às práticas de automedicação. Dessa forma, a debilidade da saúde pública no Brasil associada ao descaso dos órgãos fiscalizadores nos centros de saúde do país corroboram na problemática.   Primordialmente, convém inferir que as deficiências dos sistemas de saúde brasileiro obrigam a sociedade a se automedicar. É incontrovertível que a dificuldade em marcar consultas decorrentes das grandes listas de espera dos hospitais em concomitância com a demanda insuficiente de médicos agravam a temática. Dessa forma, muitas pessoas acabam recorrendo à automedicação na internet, prática essa que pode se tornar extremamente nociva, pois nem todas as informações acessadas são verídicas. Assim sendo, à guisa da terceira lei de Newton, toda ação tem uma reação. Sob esse viés, é possível salientar que a automedicação indevida pode gerar reações prejudiciais ao indivíduo visto que o uso inadequado de remédios pode acarretar em fortes intoxicações ou até mesmo ao falecimento do indivíduo.    Ademais, a ausência de fiscalizações nos centros de saúde do país auxiliam no agravamento do impasse. Hodiernamente, a venda livre de medicamentos sem a prescrição médica necessária é uma prática cada vez mais comum. Destarte, a facilidade em conseguir esses fármacos é grandiosa aumentando os índices de automedicação. Desse modo, uma ação aparentemente inofensiva pode transformar-se em algo extremamente danoso visto que o uso abusivo de remédios pode inibir uma doença maior e ocasionar danos incomensuráveis.    Portanto, conclui-se a necessidade de medidas atenuantes sobre o impasse. Em primeiro plano, o Ministério da Saúde deve atuar promovendo os perigos da automedicação por meio de cartilhas informativas nos centros urbanos em conjunto com mensagens educativas nos carros de som nas regiões mais interioranas do país, a fim de alertar toda a população e fomentar o conhecimento social. Não obstante, a ANVISA deve agir nos centros de saúde do país fiscalizando a venda de remédios nos estabelecimentos e aplicando as medidas corretas em casos de irregularidade. Dessa forma, a automedicação no Brasil seria minimizada a longo prazo.