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Enviada em: 07/07/2018

O consumo de medicamentos sem orientação médica é um fenômeno bastante recorrente no mundo, mormente no Brasil. Na atual conjuntura, essa prática representa um enorme desafio a ser enfrentado socialmente. Dessa forma, é necessário avaliar os riscos da automedicação, cujo prejuízo é alarmante para a qualidade de vida social.      De início, cabe salientar que a resistência das bactérias é resultado do uso desorganizado de antibióticos. Sabe-se que esse medicamento é utilizado para controlar infecções bacterianas e deve ser usado de maneira bastante cautelosa, como por exemplo, o período de uso, que deve ser obedecido mesmo que os sintomas da infecção tenham acabado. Ademais, outra preocupação refere-se à combinação inadequada dos produtos, ou seja, o consumo de um remédio em concomitância com outro, o qual pode anular ou diminuir sua eficácia. De acordo com o jornal online BBC, as superbactérias irão matar uma pessoa a cada três segundos em 2050, se medidas não forem tomadas imediatamente. Assim, o uso incorreto e indiscriminado pode resultar no desenvolvimento de bactérias resistentes a antibióticos, contribuindo para que as infecções se tornem, cada vez mais, difíceis de serem tratadas.    É notório, ainda, que o uso de medicamentos sem prescrição médica pode causar diversos problemas, sendo um deles a falha no tratamento. Observa-se o consumo de remédios por conta própria pode causar uma  falsa melhora nos sintomas, apesar de aliviar os problemas imediatos, como dores de cabeças, musculares e febres. Por conseguinte, o medicamento pode apenas mascarar a doença, causando um agravamento no caso e dificultando, assim, um diagnóstico eficiente por parte dos profissionais da área - em situações mais críticas, podem levar até a morte. Logo, a indiferenciação ao consumo de remédios prejudica, ainda mais, os métodos terapêuticos.    Fica claro, portanto, que a automedicação em debate ainda requer ações mais efetivas. Nesse sentido, o Governo Federal deve promover um projeto de saúde pública contra a automedicação, através do Ministério da Saúde, com uma campanha de educação nacional e urgente aos riscos farmacológicos, além de estabelecer um fundo de investimento para pesquisas destinadas a vigilância da resistência aos antibióticos e promover, ainda, o uso de vacinas e alternativas aos antibióticos. Espera-se, com isso, controlar e combater os efeitos da auto ingestão de remédios na sociedade brasileira. Assim, será possível minimizar, gradativamente, a problemática.