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Enviada em: 11/07/2018

As primeiras formas de medicamento eram preparadas a partir de infusões de ervas e plantas. Atualmente, a indústria farmacêutica produz milhares de remédios de diversas origens em todo o mundo. Nesse contexto, mesmo diante da diversidade e complexidade desses produtos, a população brasileira permanece se automedicando e sofrendo consequências desse costume.       Primeiramente, é perceptível a questão cultural dos países no que se refere à venda das drogas sem apresentação de receita médica pois, ao contrário dos países desenvolvidos, o Brasil normalizou essa prática. Por isso, o consumo inadequado é ainda mais estimulado. Ademais, com a precariedade do SUS, procurar um médico por sintomas comuns como dores de cabeça e febre torna-se, por muitas vezes, inviável, induzindo, também, a automedicação.       Além disso, embora os medicamentos mais consumidos em sua maioria não tragam problemas, qualquer droga é capaz de provocar efeitos colaterais indesejáveis, intoxicações e, em casos extremos, a morte. Porém, os antibióticos trazem ainda mais riscos aos brasileiros, pois o uso de forma inadequada pode tornar o microrganismo mais resistente, criando o que a biologia denomina como "superbactéria". Devido a isso, esse ser vivo adquire imunidade aos principais antibióticos existentes, transformando-se em uma ameaça à sociedade.        Portanto, verifica-se os riscos decorrentes do uso irresponsável de produtos farmacêuticos. Nesse sentido, o Ministério da Saúde deve investir amplamente na saúde do país, e pontualmente na proibição da venda da maioria dos medicamentos sem prescrição médica. Para isso, precisa estar fiscalizando as vendas e usando incentivos fiscais para que as drogarias colaborem com a medida. Outra intervenção poderia ser realizada por meio da mídia, conscientizando a população acerca dos riscos decorrentes desse consumo. Assim, em médio prazo, mudaremos a cultura do livre comércio farmacêutico e, consequentemente, da automedicação.