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Enviada em: 26/07/2018

Dentro de uma conjuntura de países com acesso rápido à informação e à obtenção de medicamentos, tornou-se comum a compra de remédios sem prescrição médica. De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade em 2014, mais de 72% dos brasileiros se automedicam. Por esse motivo, é importante a análise de algumas causas dessa problemática como a ingestão de remédios para a melhoria do desempenho físico e a ineficiência da saúde a fim de serem solucionadas.     É fundamental destacar que, a automedicação em detrimento de uma maior performance agrava a temática. Esse fato, também chamado de doping, é observado principalmente entre esportistas com o discurso de suprimir temporariamente a fadiga, aumentar ou diminuir a velocidade, melhorar ou piorar sua atuação. Prova disso, foi a suspensão do jogador Paolo Guerrero pela FIFA após ingerir um chá com metabólito da folha de coca e da cocaína em 2017.      Além disso, a relação entre atendimento e tempo na saúde pública ou privada induz as pessoas ao consumo de medicamentos de venda livre. Isso ocorre devido ao crescimento exacerbado e desorganizado das filas para a realização de consultas. Dessa forma, os pacientes adquirem remédios sem tarja e que proporcionem alívio imediato podendo, assim, potencializar uma doença ou aumentar a resistência bacteriana, caso seja ingerido um antibiótico.      Fica claro, portanto, que fatores como o doping e a desorganização do sistema de saúde devem ser analisados para que soluções sejam providenciadas. Nesse sentido, é necessário que a Agência Mundial Antidoping por meio do fortalecimento das organizações antidopagens nacionais e internacionais tenha como objetivo a ampliação do programa de supervisão do cumprimento do Código Mundial Antidopagem. Ademais, o Ministério da Saúde deve criar campanhas e incentivar pesquisas sobre automedicação no intuito de instruir os cidadãos brasileiros.