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Enviada em: 13/08/2018

O início da Revolução Técnico-Científico Informacional, período de grande avanço tecnológico, causou uma grande evolução na medicina e na produção de fármacos. Nesse contexto, o contato do cidadão com  medicamentos se tornou estreito, possibilitando a perigosa prática da automedicação, a qual ocorre devido à negligência governamental frente ao sistema público de saúde e à ignorância dos cidadãos perante os riscos.     Segundo o contratualista John Locke, o ''contrato social'' é o dever do Estado de garantir a integridade dos cidadãos, todavia o Poder Executivo não efetiva esse direito. Isso decorre da falta de investimentos nos hospitais públicos, onde faltam equipamentos, medicamentos e até mesmo profissionais, o que impossibilita a realização de exames e o tratamento dos pacientes. Por conseguinte, a população passa a tratar de si mesma, alavancando a prática da automedicação e os riscos de morte e intoxicação devido ao mau uso de medicamentos.       Junto a isso, a fragilidade de conhecimento da sociedade diante dos riscos dessa prática é um fator facilitador para essa problemática. Isso ocorre porque, uma vez que a população não conhece os efeitos colaterais e a gravidade da automedicação, os indivíduos passam a enxergar o remédio como algo que ou faz melhorar ou não faz nada, contrariando Paracelso, um dos médicos mais importantes da história, o qual diz que a diferença entre um remédio e um veneno é a dose. Em consequência disso, as pessoas passam a enxergar o ''Google'' como um médico e a farmácia como um supermercado, colocando em risco suas vidas e, além disso, facilitam o surgimento de superbactérias que se tornam imunes devido ao frequente uso dos mesmos medicamentos.       Logo, torna-se evidente que medidas são necessárias para evitar a prática da automedicação. Em razão disso, cabe ao Ministério da Saúde fornecer estrutura suficiente para os pacientes, por meio de um maior investimento nos hospitais, qualificando a estrutura e aumentando o número de profissionais, a fim de que os cidadãos não precisem se automedicar. Ademais, é fundamental que a mídia conscientize e eduque a população, através de palestras e debates nos programas de TV, com o intuito de que os cidadãos conheçam os riscos e tenham temor em praticar esse ato. Dessa forma, será possível fazer com que a 3º Revolução Industrial tenham somente pontos positivos na área da saúde.