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Enviada em: 18/08/2018

Farmacologicamente alterada       No Brasil colonial, boticários manipulavam, produziam e comercializavam medicamentos. Já na contemporaneidade, mesmo com a existência de uma equipe de saúde especializada, infelizmente, ainda é comum os indivíduos comprarem remédios sem a existência de uma receita. Sendo assim, a discussão sobre a automedicação passa por pontos como um sistema público de saúde precário e a mercantilização de fármacos.       Deve-se pontuar, de início, que o aparato estatal brasileiro é ineficiente no que diz respeito ao acesso a profissionais da saúde. Quanto a essa questão, é notório que esse sistema público não funciona de forma adequada, uma vez que a população enfrenta grandes burocracias para marcar consultas ou serem atendidos em emergências. Assim, a dificuldade de atendimento hospitalar faz com que os cidadãos façam o uso de medicamentos de forma indiscriminada com o objetivo apenas de tratar os sintomas. Dessa forma, enquanto não houver uma melhora nessas instituições, a população estará fadada a sofrer com um dos principais problemas contemporâneos de saúde: a automedicação.          Ademais, a busca pelo lucro das indústrias farmacêuticas, assim como a grande quantidade de propagandas estimula o uso de medicamentos. Por mais que ao final de cada comercial apareça mensagens como “seu uso pode trazer riscos”, a maioria da população ignora ou até mesmo desconhece esses perigos por estarem influenciados pelas publicidades a comprar remédios sem refletir sobre o consumo. Nesse sentido, muito problemas podem acontecer, como por exemplo: intoxicação ou sofrimento com efeitos colaterais. Dessa maneira, é essencial que a população seja alertada quanto aos perigos da ação medicamentosa.       Fica evidente, portanto, que há entraves, na saúde pública e nas influências midiáticas sobre a automedicação no Brasil. Nesse sentido, cabe ao Poder executivo – Prefeitos, Governadores e Presidente – melhorar a gestão de recursos nos hospitais públicos, por meio da inserção de gestores e fiscais, que agilizem o atendimento hospitalar, com o objetivo de que a população consiga ter acesso a médicos e com isso não precise consumir remédios sem prescrição. Além disso, cabe às mídias televisivas criarem enredos que orientem a população quanto aos malefícios de ficção engajada, com seriedade, a fim de evitar o consumi indiscriminado de fármacos. Dessa forma, a população poderá desenvolver um pensamento crítico e evitar os malefícios da automedicação.