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Enviada em: 27/09/2018

Simples dores de cabeça. Cólicas menstruais. Azia ou má digestão. É dificil de encontrar uma pessoa que nunca tenha sofrido algum tipo dessas sensações de mal-estar. Como uma alternativa, procuram alívio nas medicações, frequentemente, em "sobras" de outros tratamentos que permanecem em casa, ou em uma farmácia, sem nem mesmo consultar um profissional. O que não sabem é que essa prática pode trazer consequências muito graves e até letais.   Certamente, as filas nos pronto-atendimentos não são atrativas para o enfermo. O tempo de espera é longo e não muito compensador para incômodos rotineiros. Entretanto, alguns praticantes da automedicação sequer fazem a leitura da bula para tomar ciência das contra-indicações ou consultam um farmacêutico.   Além disso, um agravante da prática da automedicação é o ato de triturar e diluir comprimidos, a fim de um efeito mais rápido no organismo, algo que não deve ser feito em hipótese alguma! Ao transformá-lo em pó, a velocidade da reação se torna maior porque a superfície de contato do sólido é aumentada, o que pode causar até uma overdose. Dessa forma, uma mera dor corriqueira pode se transformar em um problema muito mais grave. Segundo dados da Associação Brasileira de Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), cerca de 20 mil mortes anuais, no Brasil, são causadas pela prática da automedicação.   Logo, medidas são necessárias para a resolução do impasse. Segundo preceitos de Immanuel Kant: "O ser humano não é nada além daquilo que a educação faz dele", o Ministério da Educação deve organizar palestras para alunos de ensino fundamental e médio, que os alertem sobre os riscos de se automedicar. Ainda, o Ministério da Saúde deve ministrar campanhas que direcionem os cidadãos a consultar profissionais qualificados antes de ingerir qualquer medicação para, assim, diminuir as consequências causadas por essa prática, em prol de uma população mais saudável.