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Enviada em: 29/09/2018

Quando se analisa o atual panorama da automedicação no Brasil, vê-se que é, indubitavelmente, um problema. O número de incidentes que acarretam o óbito do paciente que faz uso da medicação sem prescrição médica é de mais de 20 mil pessoas. Dessa forma, as causas da problemática devem ser discutidas; seja por costumes intrínsecos à sociedade ou inefetividade do sistema de saúde atual.    Convém ressaltar, a princípio, a análise filosófica de Durkheim - teórico político, escritor e filósofo - onde denomina "fato social" um padrão de ações adotadas na esfera social, que tendem a ser aceitas sem questionamento. Nesse sentido, o perpetuação da auto medicação no país apresenta traços que remetem a costumes inerentes à sociedade, tendo em vista a banalização da importância no acompanhamento médico.     Em consonância ao fato supracitado, a longa fila de espera em hospitais agrava a situação. Hodiernamente, a demora no atendimento desencoraja o paciente, compelindo ao uso de medicamentos sem prescrição que podem agravar o estado de saúde, além de prejudicar o diagnóstico em caso de efeitos indesejados, como confirma a clínica geral Raquel Malheiro. Em consequência, medidas imperiosas precisam ser tomadas para a contenção desse mal que se visto como inofensivo, mas que, entretanto, prejudica a saúde de milhares de brasileiros.     Em síntese, depreende-se que a falta de informação entre os cidadãos se apresenta em detrimento à saúde. Em vista disso, o Ministério da Saúde, em parceria com a Mídia - com amplo acesso às moradias de milhões de brasileiros -, deve desenvolver propagandas com a presença de médicos e enfermeiras apresentando dados que indiquem o perigo da automedicação, com o fito de ressaltar a necessidade de diagnóstico especializado. Além disso, deve haver implementação de cursos preparatórios para que farmacêuticos possam prescrever medicamentos que não contenham tarja (baixa periculosidade), com a finalidade de agilizar o atendimento em hospitais, diminuindo, assim, as filas hospitalares.