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Enviada em: 19/10/2018

A Terceira Lei de Newton menciona que “Para cada ação há uma reação de mesma intensidade e sentido oposto”. De forma análoga a essa teoria, a automedicação pode ocasionar desejos contrários ao esperado, incluindo à morte. Nesse sentido, deve-se analisar as causas dessa atitude social, como a precariedade na saúde pública e a influência midiática, e buscar soluções que assegurem à qualidade de vida da população.    Primeiramente, vale ressaltar que a situação do sistema público de saúde, no Brasil, está diretamente associado a essa escolha social em se automedicar. Em sua maioria, os hospitais estão lotados e com poucos recursos, o que gera a prioridade da população para a automedicação, visto que não que enfrentar a demora de assistência médica. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada, no Brasil, o paciente demora cerca de 15 horas para ser atendido em unidades públicas, o que comprova a opção de se automedicar como prioridade dos brasileiros.   Outro fator a ser mencionado é a interferência da mídia no comportamento social. Geralmente, as propagandas de medicamentos são construídas com a fim de induzir o consumo deles antes de consultar o especialista e concluem com a frase “Se persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado”, o que ratifica essa intenção. Conforme dados do site G1, em média, 90% da população da região Sudeste se automedica, confirmando o tamanho da influência da mídia sobre a atitude social.       Portanto, alertar o país sobre os efeitos da automedicação é essencial para o decréscimo de casos. O Ministério da Saúde, em parceria com a Associação Médica, deve elaborar um plano de redução da superlotação nos hospitais públicos, por meio da indicação prévia do número de médicos em cada bandeira de atendimento, principalmente para casos menos graves, e reposição contínua dos estoques, a fim de agilizar o auxílio e fazer com que a sociedade priorize o médico à automedicação. Ademais, as indústrias farmacêuticas devem mudar a frase ao final das propagandas, por meio de consulta pública, para que a influência da mídia seja positiva.