Materiais:
Enviada em: 17/10/2018

A medicação por conta própria é um dos exemplos de uso indevido de remédios, considerado um problema de saúde pública no Brasil. Esta prática - muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de algum sintoma ou dor - pode trazer consequências mais graves do que se imagina para o organismo do indivíduo.   Em primeiro plano, é preciso ressaltar uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, que constatou mais de 60 mil pessoas entre 2010 e 2015, as quais tiveram que ir para o hospital depois de ingerir medicamentos por conta própria. Apesar disso, muitas pessoas conhecedoras dos riscos, continuam a utilizar esses fármacos de forma irracional, o que pode trazer consequências como: reações alérgicas, agravamento da doença, dependência ou até a morte.   Outra problema é o uso indiscriminado de antibióticos, que segundo bacteriologistas do Instituto Oswaldo Cruz, o tratamento sem recomendação médica se coloca em risco, uma vez que estas ações podem agravar a infecção e ocasionar o processo de seleção de bactérias resistentes, podendo tornar o uso do antibiótico ineficaz no caso de uma nova infecção. Por isso, a população deve procurar um especialista caso suspeite de alguma doença, pois os danos causados pela ingestão de antibióticos e qualquer outro remédio podem ser irreversíveis.    Dessa forma, são necessárias ações que busquem erradicar esse quadro. Assim, cabe ao Ministério da Saúde a tarefa de desenvolver campanhas por meio das mídias, como forma de abordar o tema e incentivar mudanças de comportamento da população. Como também, deve haver uma maior rigidez na fiscalização das farmácias pela ANVISA, pois ainda existem muitos estabelecimentos que vendem medicamentos sem a prescrição médica. Além disso, é de responsabilidade da população cumprir as recomendações médicas, evitando o uso de remédios por conta própria e a interrupção do tratamento recomendado pelo médico. Espera-se que, com essas atitudes, esse problema possa ser solucionado.