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Enviada em: 18/10/2018

O consumo de remédios sem prescrição médica no Brasil é a causa de mais de 1500 mortes no ano, segundo dados da Associação Brasileira de Indústrias Farmacêuticas. A orientação para que se utilize um medicamento, o qual demonstrou eficiência em episódios passados, é frequentemente realizada pelo indivíduo percebe já ter enfrentado quadro de saúde semelhante ao do adoentado. Por conseguinte da automedicação há, por exemplo, as superbactérias.       A prática se tornou comum em decorrência de uma cultura na qual receitas caseiras para curar enfermidades eram passadas hereditariamente, sendo ampliada, na atualidade, para a recomendação de remédios não apenas no espaço familiar, como também relações de amizade. Ademais, propagandas de fármacos - destinados muitas vezes a dor de cabeça, ressaca e mal estar intestinal - costumam, a fim de conquistar consumidores, apresentar cenas em que ocorre a automedicação, incentivando a compra sem prescrição médica.        Como resultado da constante autoprescrição de antibióticos, ocorre o aparecimento das chamadas superbactérias, bactérias resistentes às medicações criadas até o momento. Isso porque o enfermo consome, diversas vezes, doses inadequadas do remédio ou em intervalos de tempo incorretos. Destarte, parte das bactérias causadoras da doença não são atacadas suficientemente pelo corpo, tornando-se mais resistentes aos medicamentos.       Visando mitigar a problemática, o Ministério da Saúde deve realizar campanhas de conscientização em mídias sociais, como redes sociais e televisão, utilizando de conteúdo chamativo, com cores e frases bem humoradas. Com tal formato, objetiva-se atingir o público ainda não informado sobre as consequências da automedicação e, caso já esse já esteja consciente, reafirmar a importância de não realizá-la. Outrossim, espera-se, desse modo, que a cultura de recomendação de medicamentos diminua, assim como a aceitação de orientações de outros senão profissionais de medicina.