Materiais:
Enviada em: 25/10/2018

A Constituição brasileira, de 88, instituiu que o Estado Democrático deve garantir, dignamente, uma saúde básica de qualidade. Contudo, o Governo não está disponibilizando esse direito social devidamente, uma vez que os cidadãos não têm livre acesso ao atendimento médico. Esse fator favoreceu a ascensão da automedicação, já que as pessoas, imediatistas, preferem, majoritariamente, opiniões, como a do "Google", do que enfrentar um hospital superlotado. Tal conduta, irresponsável, precisa ser extinguida, já que remédios inadequados podem trazer consequências irreversíveis.     Em primeiro lugar, evidencia-se que o sobrecarregamento do Sistema Básico de Saúde (SUS) priva inúmeros cidadãos de seus direitos, gerando, assim, uma busca por uma alternativa mais ágil para a dor. Nesse sentido, a opção mais utilizada é a automedicação, a qual é muito influenciada pela internet ou pelos familiares. Segundo o Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade, "76,4% da população consome remédios por indicação". Com isso, observa-se que sociedade está apenas se adaptando as situações criticas do Brasil, mas,infelizmente, a alternativa encontrada por muitos pode ser ao final um túnel sem saída, já que a opinião alheia não possui qualificação para direcionar o remédio adequado.      Outrossim, evidencia-se que a automedicação traz consequências severas, visto que dependendo da situação o remédio pode piorar o estado de saúde do indivíduo. Exemplo disso é visível em casos de sintomas iniciais da dengue hemorrágica, o enfermo toma por conta própria um remédio que possui anticoagulante, ocasionando,assim, o aumento do sagramento, o que pode levar a morte. De acordo com a Associação Brasileira de Indústria Farmacêutica, "20 mil mortes anuais são registradas por causa da automedicação". Portanto, destaca-se que vidas poderiam ter sido salvas caso os cidadãos fossem mais sinalizados sobre os riscos que correm ao se medicar sem prescrição médica.      Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que o Ministério da Saúde aumente  a eficiência do SUS,por meio da ampliação dos investimentos, de modo que tenha médicos e equipamentos suficientes para que o atendimento seja de livre acesso a todos cidadãos, ou seja, sem as filas enormes como o de costume. Além disso, o Governo, precisa conscientizar a população, por meio de folhetins, os riscos que a automedicação pode trazer ao indivíduo. Somente assim, as pessoas ficarão cientes dos problemas gerados pela automedicação e não exitarão em buscar atendimento adequado no SUS.