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Enviada em: 29/10/2018

No livro Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis, o protagonista Brás ao fim de sua vida almeja inventar um remédio que cure todos os males da humanidade "o emplasto Brás Cubas". Do mesmo modo, a idealização de um medicamento como cura para todos os problemas está presente também fora da literatura, e é uma das razões da automedicação, fomentada pela especulação midiática de empresas farmacêuticas, além da descrença no sistema de saúde pela população. Logo, a automedicação é um problema social.    A automedicação é consequência principal da descrença no sistema de saúde e dos seus profissionais pela população. Desse modo, a insatisfação da população é reflexo da falta de acessibilidade de serviços médicos e atendimento, que por conseguinte, levam o paciente a se auto medicar, considerando uma alternativa mais rápida, o que é inaceitável uma vez que o médico é a figura capacitada e responsável pela prescrição de medicamentos mais adequados a cada indivíduo.    Outrossim, o desejo idealizado de um remédio de múltiplos resultados e benefícios pela humanidade da margem a atuação de indústrias farmacêuticas, que para venderem seus emplastos "milagrosos", utilizam propagandas midiáticas que através do consumismo incentiva a automedicação. Ademais, relaciona-se tal como Karl Marx objetivava em seu conceito de "Fetichismo de Consumo" no qual o indivíduo consome produtos sem considerar a produção e as relações comerciais envolvidas.   É indubitável a necessidade de solução ou amenização do exposto, portanto, cabe ao Ministério da Saúde fomentar a integração entre médicos e pacientes, por meio de cursos aos graduandos de medicina, que ensinem a melhor forma de comunicar-se com os pacientes, para que assim o profissional possa alertar sobre os malefícios da automedicação e orientar o paciente, dessa forma, preservando a integridade de sua saúde, e a confiabilidade no atendimento fornecido.