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Enviada em: 24/10/2018

O ato de automedicar-se foi amplamente visível no final da Idade média, época das grandes navegações, em que os viajantes, sem acesso médico, levavam plantas medicinais e remédios em viagens. Entretanto hodiernalmente a automedicação ainda persiste no Brasil em virtude não só das dificuldades enfrentadas no atendimento hospitalar, como também o fácil acesso aos medicamentos.        É incontestável que a saúde pública brasileira passa por revés. Para evidenciar, no Rio de Janeiro, em 2017, os hospitais passaram por um período de crise, o qual se agravou, o que levou desde a falta de equipamentos, até a superlotação do espaço, dificultando a assistência. Em consequencia disso, as pessoas que não conseguiram o atendimento, recorreram às farmácias para comprar os medicamentos desejados. Semelhante, de modo proporcional, se as dificuldades no acesso aos centros médicos continuarem, a automedicação, aumentará.         Outrossim, em tempos de modernidade líquida, descrita por Zygmunt Bauman, é indubitável a presença do simples acesso a tudo, inclusive a remédios. De maneira análoga ao fenômeno defendido por Bauman, o "jeitinho" brasileiro atua como um líquido o qual, no âmbito da saúde, é moldado como um método de burlar a compra de medicamentos, antes só vendidas com prescrição médica. Por conseguinte, a utilização da medicação sem orientação do médico, pode levar a intoxicação, alergias e até a morte.         Urgem, portanto, ações que atrofiem os casos de automedicação, Para tanto, cabe ao Ministério da saúde criar clínicas âmbulatoriais que irão atender a população nos locais mais periféricos, esse projeto será promovido por doações das ONGs, a fim de diminuir a lotação nos hospitais. Ademais, o Conselho Federal de Farmácia deve,por meios de cursos de capacitação preparar farmacêuticos para informar as populações sobre o risco de se auto medicar, restrigindo a venda de certos fármacos sem receita. Dessa forma, essa problemática ficará apenas nos livros de história.