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Enviada em: 24/10/2018

Durante a Segunda Guerra Mundial, por meio de experimentos torturantes e desumanos, houve um grande desenvolvimento na área médica, principalmente no setor de fabricação de remédio. Sob tal ótica, hodiernamente, o uso dessas substâncias apresenta-se abusivo e descontrolado, visto que, devido à negligência estatal e ao uso exacerbado da internet, a automedicação é muito praticada no Brasil. Nesse sentido, faz-se necessária a promoção de ações sociopolíticas, com o fito de amortizar tal problema.        Em primeiro plano, cabe pontuar que a falha atuação estatal é uma das responsáveis pelo desenvolvimento dessa situação conflituosa. Consoante ao pensamento de Émile Durkheim, sociólogo, de que a normalidade e a coesão não são garantidas quando as instituições sociais não cumprem seus papéis, tal problemática ocorre, pois o Estado, por não investir capital suficiente, não disponibiliza o acesso rápido e fácil dos serviços da saúde pública para a população, conforme assegurado pela Carta Magna de 1988. Por esse motivo, as pessoas, principalmente as economicamente menos abastadas, por não conseguirem consultas médicas e receitamento adequado para a patologia sentida, submetem-se à automedicação. Consequentemente, elas ficam propícias a desenvolverem reações alérgicas.              Outrossim, o uso indevido da internet pela população fomenta a realização da automedicação. Isso é decorrente, principalmente, da "Era da pós-verdade" no cotidiano das pessoas, porque, conforme definido pelo dicionário Oxford, as crenças pessoais prevalecem em detrimento do pensamento racional atualmente. Dessa forma, os internautas passam a dar credibilidade aos diagnósticos virtuais e aos receituários genéricos disseminados pelos sites e negligenciam o conhecimento médico e acadêmico. Por conseguinte, esses seres, ao realizarem a automedicação, facilitam o surgimento de superbactérias e da dependência química.               Diante dos fatos supracitados, é necessário, portanto, que o Executivo assegure o acesso aos serviços da saúde pública para toda a sociedade, por meio da potencialização dos investimentos financeiros na compra de equipamentos hospitalares, na construção de novos hospitais e clínicas médicas e na maior disponibilização de exames e consultas, com o intuito de evitar a automedicação no meio social. Ademais, o Ministério da Saúde, em parceria com a mídia, deve estimular a reflexão crítica das pessoas acerca da utilização da internet como meio de diagnóstico e medicação, por intermédio da exposição de propagandas e cartilhas socioeducativas nas redes sociais e nos canais de televisão aberta, a fim de amortizar o consumo de remédios irregularmente.