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Enviada em: 24/05/2019

Na franquia Harry Potter, o uso de poções e feitiços para o controle da saúde física e emocional era um ato comum entre os bruxos, que, por vezes, sem saber utilizá-las da maneira correta, sofriam com sérias consequências. Já fora da ficção, a automedicação é uma realidade no Brasil, que ocorre por fiscalizações ineficientes nas farmácias e ainda pelas estruturas precárias de clínicas e hospitais públicos. Desse modo, cabe analisar as mazelas da perigosa automedicação para a população brasileira.        Nesse contexto, em primeira análise, a negligência do governo em não observar farmácias que vendem remédios sem prescrição médica, e ainda não aprimorar clínicas ambulatoriais são agravantes da situação. Visto que grande parte dos brasileiros não possuem condições de adquirirem um plano de saúde, a única forma de receberem um auxílio médico seria enfrentando filas gigantes dos hospitais e, por consequência - ainda mais se forem dores suportáveis - as pessoas preferem não ir ao médico, e sim às farmácias nas quais são auxiliados pelos que trabalham ali. Dessa maneira, torna-se perigoso à saúde da população, já que os medicamentos utilizados podem não ser adequados, postergando o diagnóstico adequado, ou ainda, tornar a doença mais resistente se houver o uso abusivo de remédios.          Outrossim, cabe expor o aspecto social da permanência dessa cultura na população. De acordo com o sociólogo Durkheim, as pessoas são influenciadas por instituições e, dessa maneira, mantém seus hábitos. Seguindo essa lógica, o comportamento brasileiro da automedicação permeia devido a falta de disposição de instituições da saúde em informar o povo sobre os perigos da ação para os mesmos, como possíveis interações medicamentosas e alergias que seriam analisadas caso houvesse a ida à clínica. Dessa forma, vê-se que o problema gera atrasos no desenvolvimento pleno da sociedade brasileira.            Dessarte, medidas são necessárias para mitigar a cultura da automedicação no Brasil. Portanto, cabe ao Ministério da Saúde junto às secretarias da saúde, por meio de verbas públicas e privadas, realizar maiores fiscalizações em farmácias e exigir que as mesmas peçam a prescrição médica antes de liberarem a compra dos medicamentos, além de aumentar a quantidade de remédios que necessitam da autorização para a venda, e caso algo seja feito fora da regra, que os estabelecimentos sejam multados, para que os mesmos sigam a lei e ajudem a saúde pública a progredir. Ademais, deve haver campanhas midiáticas alertando a população, em especial os adultos, para que os mesmos não mediquem seus filhos, no intuito de não haver influência. Logo, objetivando uma população mais consciente, será possível reduzir essa prática no Brasil.