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Enviada em: 27/06/2019

A indústria de medicamentos teve notável crescimento após a Segunda Guerra Mundial, de maneira que os soldados precisavam manter condições de saúde por longos períodos e sem auxílio médico. Nos dias atuais, essa prática é comum e existem comerciais exibindo produtos paliativos para dor, permitidos pelo Ministério da Saúde. Entretanto, o consumo excessivo de remédios sem prescrição médica traz riscos à saúde. Por isso, torna-se necessário o debate acerca da automedicação.  Em primeiro lugar, é importante destacar a relevância do autotratamento. Para Anthony Wong, essa conduta ajuda o sistema de saúde visto que as filas de atendimento seriam muito maiores se todos que sentissem qualquer dor procurassem um médico. Isso ocorre porque há situações, como dor de cólica ou de cabeça(as quais são desconfortos, até certo ponto, comuns), facilmente resolvidas após o consumo de um fármaco. Contudo, a ingestão incontrolada de remédios é prejudicial. De acordo com levantamento feito pela Unicamp, casos de intoxicação medicamentosa são superiores a ocorrências de animais peçonhentos. Além disso, tal medida pode gerar o agravamento de doenças, visto que os sintomas da enfermidade são disfarçados pelo uso da substância indevida. Por isso, o paciente deve estar atento aos sintomas persistentes e procurar ajuda médica tão logo que isso aconteça. Fica claro, portanto, que há limite para a automedicação. Dessa forma, é necessário que a mídia incentive o cidadão a procurar mais informações com profissionais da saúde, por exemplo farmacêuticos, por meio de comerciais que alertem sobre os riscos da constante automedicação, com o objetivo de desencorajar a pessoa a ter essa conduta. De forma contribuinte, o Ministério da Saúde pode ter uma base de dados, por meio do cadastro de CPF no ato da compra, para monitorar se o consumidor é persistente na aquisição de um elemento específico e alertá-lo com o envio de mensagem, com a finalidade de sugerir a procura de assistência. Talvez assim,possamos estimular a sociedade a ter novos hábitos sobre remédios.