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Enviada em: 15/07/2019

Na sociedade contemporânea, a automedicação apresenta-se como um problema de caráter social que afeta toda a sociedade. Isso se deve, sobretudo, à propaganda exagerada farmacêutica que induz a uma terapêutica desnecessária de remédios é, também à falta de acesso à saúde pública por parte dos brasileiros que acabam fazendo uso indiscriminado de remédios por meio de autoprescrição pode causar efeitos colaterais maléficos a saúde. Logo, são necessárias mais ações dos órgãos governamentais e sociais, visando ao enfrentamento dessa questão.     Em verdade, no contexto do sistema de saúde brasileiro, no qual as demandas por atenção à saúde não são plenamente atendidas, a farmácia comunitária, que inclui estabelecimentos públicos e privados de fornecimento de medicamentos, ocupa lugar privilegiado como estabelecimento de saúde mais acessível à população e representa um importante local de busca por atendimento primário de saúde. Com isso, o consumo pode ser influenciado negativamente pelo acesso sem barreiras e pela promoção e publicidade de medicamentos, que muitas vezes estimulam a utilização desnecessária e irracional de medicamentos, assim, segundo estudo feito pelo Ministério da Saúde, a cada 10 brasileiros, 8 tomam remédios por conta própria, isso acabou levando mais 60 mil pessoas para o hospital de 2010 a 2015, tornando o Brasil recordista mundial em automedicação.      Outrossim, o autor Machado de Assis em sua obra “ O Alienista”, ressalta que "de médico e louco todo mundo tem um pouco". Tal citação reflete que o ato de se automedicar é algo muito perigoso, pois após um tempo o indivíduo pode agravar seu quadro clínico, levando ao vício e a necessidade constante de remédios. Assim, a indústria farmacêutica ocupa uma lacuna deixada pela saúde pública no Brasil. Isso pode ser exemplificado na reportagem do UOL em que se destacam os problemas do SUS, sendo dois deles uma demora para marcar as candidaturas à falta de remédios.      Desse modo, como empresas de remédios usufruem para “vítimas” do SUS, de práticas alternativas e de prazos de curtos. Dessa forma, fica evidente a necessidade de combater a pratica de automedicação na sociedade brasileira. Para tanto, o Governo Federal deve criar mais políticas públicas que visem proibir a venda de medicamentos sem prescrição medica, além de promover avanços na saúde pública do país, mediante agilização de consultas medicas, diminuído assim as filas de espera. Além disso, cabe às ONGs criar projetos sociais, por meio de palestras e debates com especialistas, em âmbito social, mensalmente, visando mostrar as pessoas os riscos da automedição para saúde. Ademais, o Ministério da Saúde em parceria com a ANVISA, devem proibir a propaganda farmacêutica excessiva nos meios de comunicação em massa. Assim, será possível combater a automedicação na sociedade.