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Enviada em: 29/07/2019

Há séculos os povos nativos adquiriram a prática do autotratamento de suas enfermidades, para isso utilizavam as mais variadas plantas disponíveis. Atualmente, com o surgimento e evolução da medicina e da indústria farmacêutica, o costume de tratar as doenças por conta própria permanece, porém com a utilização de fármacos. Isso evidencia a necessidade de debater sobre o grave problema de saúde pública no Brasil que é a automedicação, ocasionada pela irresponsabilidade de quem consome e pela negligencia de quem comercializa.             É necessário ressaltar que há medicamentos que podem ser consumidos sem a prescrição médica, entretanto, independentemente dessa exigência é importante que o brasileiro faça o uso responsável e seguindo as recomendações da bula. Infelizmente, conforme reportagem do Dr Draúzio Varela, a sociedade faz uso indiscriminado de remédios, seja por indicação de terceiros, seja por já terem utilizado tal medicamento em tratamentos anteriores. Essa errônea prática reflete nos dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, em que cerca de 30 mil casos de internação são registrados por ano no Brasil em decorrência da intoxicação medicamentosa. Diante ao exposto, é nítido a falta de orientação da sociedade quanto a gravidade no mau uso de fármacos.              Somado a isso, é válido destacar a responsabilidade dos farmacêuticos, não só quanto a venda, mas também quanto as devidas orientações que devem ser repassadas ao consumidor no ato da compra. Lamentavelmente, alguns profissionais comercializam medicamentos de uso restrito sem a devida exigência de receita médica, dentre esses medicamentos encontram-se antibióticos e remédios traja preta, que se consumidos de forma inadequada causam o surgimento de superbactérias e dependência química. É inaceitável que profissionais que em sua formação fazem juramento de prezar pela saúde, hajam de forma antitética não só com o cidadão, mas também com o Estado, uma vez que a dependência e a superbactéria são problemas de saúde pública.            Infere-se portanto, que para atenuar a problemática que é a automedicação, o Ministério da Saúde em consonância com o Conselho Regional de Farmácia devem, orientar a população quanto as consequências do uso indiscriminado e irresponsável dos fármacos, por meio de campanhas midiáticas e distribuição de panfletos, nos quis explicitem com casos verídicos o que o consumo irregular ou indevido de medicamentos ocasionou na vida de alguns brasileiros, a importância de ler a bula, bem como os meios de denúncia caso presenciem alguma irregularidade. Com isso a população mudará sua postura quanto ao grave problema de automedicação, verá o quão importante é seguir as recomendações médicas, farmacêuticas e vide bula.