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Enviada em: 13/08/2019

“Take Your Pills” (tome suas pílulas) é um documentário norte-americano produzido em 2018 que mostra o grande público que faz uso de fármacos sem prescrição médica. A obra evidencia que em meio ao estilo de vida dinâmico atual, a saúde é deixada de lado frente aos muitos afazeres, afinal, é muito mais cômodo auto receitar-se ao invés de seguir o protocolo médico. Não obstante, fica clara a importância da reflexão dos impactos que essa prática gera para os brasileiros, levando em conta que todo medicamento que é mal administrado traz riscos, seja de dependência, seja a seleção de organismos super-resistentes. A priori, cabe salientar que o uso de fármacos sem acompanhamento médico pode gerar dependência química. A titulo de exemplo, o documentário supracitado trata do uso de medicamentos como Ritalina e Adderall - anfetaminas comumente empregados no tratamento de Ansiedade e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade - por indivíduos sem diagnóstico ou prescrição médica. Ocorre que, tal atitude não supervisionada, a longo prazo, implica no usuário a necessidade fisiológica de intensificação do consumo, situação que pode levar à perda de controle e podendo levar a overdose. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Indústrias Farmacêuticas, a automedicação causa cerca de 20 mil mortes anualmente no Brasil. Assim, é latente a erradicação dessa deficiência para a preservação de perdas de brasileiras. Paralelamente, tem-se que o uso imoderado de antibióticos favorece o aumento da resistência das bactérias e na decorrente piora no quadro clínico. Nesse cenário, 20 anos depois da descoberta da Penicilina, esta foi utilizada em grande escala no tratamento de doenças decorrentes de bactérias. Entretanto, apesar do êxito obtido no início, o uso incorreto do medicamento e o seu abandono após os primeiros sinais de melhora, situação frequente na automedicação, são responsáveis pela criação das superbactérias. Prova disse é que a Organização Mundial da Saúde, em 2017, divulgou 12 bactérias resistentes à penicilina, de modo a demonstrar a necessidade de controlar o uso desse medicamento. Assim, urge que o Estado tome providência para moderar o impasse vigente. Para que a sociedade brasileira crie o hábito de buscar a opinião médica antes da ingestão de certos fármacos, cabe ao Ministério da Saúde, em parceria direta com os veículos midiáticos, explicitar os riscos e prejuízos que a prática da automedicação por meio de propagandas impactantes, que levem ao interlocutor à reflexão de que a sua saúde deve ser prioridade apesar da vida corrida de século XXI. Somente dessa forma, com a compressão popular da gravidade de seus atos, a problemática em questão será superada.