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Enviada em: 14/08/2019

O ato de ingerir um medicamento por conta própria é um costume arraigado à cultura do povo brasileiro. Contudo, tal prática vai além do agravamento da doença, já que uso inadequado de medicamentos somada à venda livre de remédios atrelada a falta de fiscalização, pode até mesmo levar à morte. Nesse sentido, torna-se premente analisar e discutir soluções para erradicar tal problemática. Sem dúvida, esse debate merece à atenção da sociedade brasileira.     A priori, é imperioso destacar que o Brasil é o país recordista mundial em automedicação. Sob tal ótica, de acordo com a pesquisa realizada em 2016, pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), mais de 70% dos brasileiros medicam-se por conta própria. Isso demonstra, que a livre demanda de medicamentos junto a ausência de fiscalização na vendas de prescritos contribui para o uso irracional dos fármacos. A consequência disso é a elevação dos casos de internação por uso indevido de remédios.   Ademais, um outro dado preocupante é que em torno de 40 % da população brasileira faz autodiagnóstico pela internet. Além disso, quanto maior o grau de escolaridade, maior é a prática de automedicação pelos brasileiros. Seguindo essa linha de pensamento, mesmo com a consciência dos malefícios da ingestão excessiva ou inadequada, 45% das pessoas acham que automedicar-se somente é prejudicial nos casos de remédios identificados com tarja vermelha ou preta.     Fica claro, portanto, que esse hábito nocivo deve ser extinto pela sociedade. Para tanto, compete ao Ministério da Saúde criar campanhas que visem demonstrar a importância da consulta com o médico com intuito de amenizar casos de intoxicação e dependência pelo uso incorreto dos medicamentos. Isso também pode ser feito em parceria com os veículos midiáticos, explicitando riscos e prejuízos à saúde. Desse modo, é possível que tal problemática, ao poucos, venha a ser amenizada e logo findada com a compreensão da sociedade como um todo.