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Enviada em: 13/08/2019

Durante a Segunda Guerra Mundial, inúmeros foram os avanços feitos na medicina. Nesse contexto, a criação de remédios e vacinas, melhorias nas transfusões sanguíneas e o aperfeiçoamento de técnicas cirúrgicas transformaram a ciência. Entretanto, mesmo com essa evolução, a problemática da automedicação é extremamente discutida no Brasil atual e é ocasionada, entre outras coisas: pela falta de informação da população, além dos problemas na saúde pública do país.            Primeiramente, um fator que contribui de forma direta para a ocorrência dessa problemática é a pouca informação. Segundo o filósofo Kant: "o ser humano é aquilo que a educação faz dele". Nesse cenário, a automedicação é uma atitude que faz parte da cultura brasileira, assim, grande parte da população não entende os possíveis efeitos colaterais, além de desconhecerem que cada pessoa deve tomar uma dosagem específica dos remédios (variando de acordo com a pessoa e dependendo exclusivamente do diagnóstico de um profissional). Prova disso é que, de acordo com o Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade, 32% das pessoas que se automedicam aumentam as doses. Mostrando, com isso, a necessidade de solucionar esse problema.              Em segundo lugar, os problemas na saúde pública do Brasil são diretamente responsáveis pela automedicação. A Constituição Federal de 1988 garante em seu texto que "a saúde de direito de todos e dever do Estado". Nesse panorama, foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS) como forma de garantir o acesso integral, universal e gratuito para todo o país. Entretanto, apesar de ser garantia constitucional, a saúde brasileira passa por problemas como superlotação, enormes filas de atendimento, carência de profissionais qualificados, entre outros. Dessa maneira, a maioria das pessoas que relatam sintomas mais básicos, como dores de cabeça, preferem se automedicar à irem ao hospital. Segundo o Conselho Federal de Farmácia, 77% dos brasileiros se automedicam. Mostrando como essa realidade precisa ser modificada.               Fica nítido, portanto, que a automedicação é uma grande problemática da contemporaneidade. Nesse contexto, o Governo Federal, através do Ministério da Saúde deve - em parceria com as secretarias estaduais - desenvolver campanhas e palestras com foco na sociedade civil, objetivando informar os riscos da automedicação para a saúde física e mental. Além disso, é importante que o Ministério da Saúde fomente a venda fracionada de remédios a fim de conter a venda desenfreada e sem prescrição médica. Feito isso, o Brasil terá grandes chances de vencer esse problema.