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Enviada em: 04/04/2017

De acordo com a legislação atual, é permitida a propaganda e a venda livre de remédios considerados paliativos pelo Ministério da Saúde. Entretanto, mesmo que sejam remédios atenuantes, as publicidades incentivam à população a seguir a cultura da automedicação, uma vez que divulgam uma falsa realidade sobre a solução do problema e, dessa forma, cria-se uma ilusão de que todos podem se automedicar sem orientação médica.   Nesse contexto, a sociedade segue a indicação de amigos e familiares que passaram pelo mesmo sintoma, acreditando conseguir resolver o distúrbio. Tal fato pode ser observado desde os antepassados, visto que, com a falta da medicina atual, existia os curandeiros que preescreviam uma "cura" única para sintomas semelhantes. E decorrência disso, essa instrução desqualificada pode mascarar diagnósticos na fase inicial de uma doença. Como a apendicite que, com o uso de remédios errôneos, pode evoluir para um quadro de peritonite grave.    Além disso, a propaganda, ao visar apenas a venda do medicamento, inibe informações essenciais ao consumo do remédio. Dessa maneira, existem fármacos que, ao serem consumidos, não  podem ser seguidos da ingestão de algumas comidas, bebidas ou outro remédio. Como consequência, a junção desses elementos pode gerar efeitos adversos na pessoa. Por exemplo, a intoxicação medicamentosa que, segundo a Fundação Cima´s, gera 29% dos óbitos no Brasil.   Portanto, é necessário que o Ministério da Saúde busque fazer campanhas, como as televisivas ou por meio de outdoors, que auxiliem e informem a sociedade sobre a automedicação. Outro fator importante é a falta de explicações nas propagandas, assim, é preciso que haja publicidade com mais cautela. Ademais, fiscalize as farmácias e estabelecimentos em relação a orientação que os farmacêuticos dão aos clientes promovendo uma venda mais responsável.