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Enviada em: 13/04/2017

A problemática da automedicação      Consumir remédios sem receita médica tornou-se um hábito no século XXI, principalmente, nos países em que a população possui maior grau de escolaridade e fácil acesse à informações sobre medicamentos na internet. Entretanto, invariavelmente a automedicação causa danos à saúde e contribui para a resistência de bactérias, no caso do uso de antibióticos.         De fato, as pessoas perderam a noção do perigo de comprar remédios sem a orientação do médico como, por exemplo, doses altas de um simples paracetamol podem causar sérias lesões nos rins. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as intoxicações por essa ação representam dez por cento das internações hospitalares. Tal problema ocorre porque as propagandas incentivam a compra dos medicamentos e as pessoas podem os adquirir facilmente nas farmácias.         Ademais, a indicação de um antibiótico por amigos, parentes e a interrupção dele após o primeiro sinal de melhora corrobora para a seleção de bactérias resistentes. Por conseguinte, o tratamento com os antibióticos perdem seu potencial de cura e conter infecções hospitalares torna-se um processo complicadíssimo.            Em suma, a automedicação é um problema de saúde pública. Para desconstruir esse hábito, o Legislativo poderia criar propostas de lei, com intuito de restringir as propagandas de remédios. Já a Vigilância Sanitária, poderia intensificar a fiscalização e punir farmácias que não reterem as receitas dos consumidores e venderem antibióticos indiscriminadamente. O Ministério da Saúde, por sua vez, poderia divulgar campanhas na televisão para conscientizar sobre as consequências de se automedicar. Quem sabe, assim, os remédios serão novamente aliados da saúde.