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Enviada em: 25/07/2017

No fim da idade média, com as descobertas iluministas em diversos ramos, à ciência foi condenada pelo seu diferencial dos dogmas cristãos pregador. Entretanto, apesar do aumento ao acesso de informações, a sociedade mantém práticas que ignoram os valores metodológicos, como o crescido uso da automedicação. No Brasil, tal cenário demonstra a cultural atemporal da indicação de fármacos por indivíduos inexperientes, além da uma falta de comprometimento com a cidadania.              Em uma primeira abordagem, nota-se que acomodação com o rápido aceso a informações e bens do século XXI se concretiza na modernidade líquida do sociólogo Bauman, querendo levantar também a possibilidade de converter saúde em mercadorias de fácil acesso. Contudo, antigos e temidos valores medicinais que informam soluções práticas para o cuidado com de doenças, sem exames e acompanhamento médico, têm se aproveitado dos novos meios de comunicação e comprometendo a vida de muitos brasileiros. No entanto, tais canais não abordam discursos científicos, descobertos a partir do botânico e biólogo Mendel, sobre como metabolismos diferentes podem influenciar no tratamento e nas manifestações secundárias, originando problemas mais graves.              Um outro ponto importante é a negação dos Direitos Humanos da ONU, na participação científica do cidadão em novas descobertas. Tal caso não se concretiza pela falta de conhecimento passado à população, visto que a atualidade passa por uma Revolução informacional, todavia o descomprometimento de órgãos públicos no que tange a fiscalização de notícias. Como a propagação de boatos na popular Revolta da Vacina de 1904, acontecimento que nega a necessidade do olhar ao passado para se evitar problemas futuros, como ditado pelo historiador Roberto Damatta. Afirmando assim o uso da automedicação, que não será combatido sem a compreensão do ponto que sociedade chegou na passagem de mensagens.                 É indispensável, portanto, que o Conar, como órgão de segurança pública publicitária, se comprometa na fiscalização das informações circuladas na internet, com a participação de pesquisadores e profissionais da saúde, sobre a moda da indicação de fármacos sem prescrição, segurando os cidadãos de notícias serias e comprometidas com a ciência. Ademais, é importante que o SUS desenvolva campanhas de conscientização social sobre a necessidade da busca de pessoas especializadas na área da saúde para resolver problemas. Somado a um atendimento especial para indivíduos que sofrem danos ou suspeitas de uma má administração de remédios, possibilitando conhecimento especial e tratamento específico para diversos casos, divergindo da generalização da automedicação prejudicial e evitando o aumento de doenças mais acentuadas.