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Enviada em: 15/09/2017

Segundo Isaac Newton, para toda ação, existe uma reação de igual intensidade em sentido contrário. Nesse contexto, a utilização de medicamentos prescritos por pessoas não capacitadas, tem ganhado a cada dia, um número maior de adeptos. Assim sendo, convém analisar as vertentes que englobam o problema no século XXI antes que as reações se tornem incontroláveis.        Considerada como a essência humana pelo filósofo Immanuel Kant, a educação tem papel decisivo na manutenção do uso desenfreado de remédios. Isso porque a escola, preocupada com conteúdo, pretere a construção de seres conscientes, que entendam o quão perigosa automedicação é e busquem profissionais da área da saúde quando preciso. Desse modo, enquanto a instituição permanece inerte, a criança cresce e fica sujeita a dependência química, intoxicação, surgimento de superbactérias e até a morte.       Outrossim, de acordo com o filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Em vista disso, fica claro que a ausência do controle estatal sobre propagandas farmacêuticas, rompe essa harmonia, uma vez que a frase "Se persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado" corrobora com a autoprescrição. Assim, a população usa a farmácia como mercado e o remédio como alimento, sem perceber que a digestão pode ser muito pior do que se imagina.       Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. A fim de que no futuro, tenham-se indivíduos conscientes quanto a sua remedição, o Ministério da Educação deve alterar os Parâmetros Nacionais Curriculares, promovendo o ensino das consequências da automedicação. Ademais, o Poder Legislativo tem que criar uma lei que obrigue as propagandas de medicamentos  a inserir a necessidade consultar profissionais qualificados para utilizar tais produtos. Só assim, a mão que afaga, para o escritor Augusto dos Anjos, não será a mesma que apedreja.