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Enviada em: 29/09/2017

O mundo, hoje, passa pela Terceira Revolução Industrial, cuja principais características são a eletrônica, a informática e a automação. Nesse sentido, a praticidade e a agilidade na busca por informações nos meios de comunicação beneficiam para o agravamento da automedicação. Logo, faz-se necessário buscar caminhos no intuito de não somente promover uma minimização dos casos de consumo indevido de remédios, mas também, uma maximização dos projetos que auxiliam para o aprofundamento do conhecimento sobre as constantes consequências geradas por essa problemática.         Segundo o escritor João Bosco da Silva, a maior responsabilidade social significa um compromisso com a vida. No entanto, a atual realidade contradiz essa lógica, pois, frequentemente, o Conselho Federal de Farmácia desenvolve pesquisas relacionando a automedicação por região e faixa etária, tendo como destaque os jovens das grandes cidades, como é o caso de Salvador apresentando cerca de 96% dos seus habitantes que se automedicam. Desse modo, fica evidente que o consumo de remédios irregularmente está diretamente relacionado com a velocidade das informações, já que a internet é a maior plataforma de organização de dados.           De maneira análoga à Lei de Refração, as redes de comunicações digitais possuem poder de distorção de fatos e, não raramente, de persuasão, levando os indivíduos a obterem determinado produto na qual não carecem. Um exemplo disso, é de maior relevância as propagandas promocionais de sites farmacêuticos, visto que a grande maioria destes não exigem prescições médicas e, até mesmo, não apresentam bula online, uma vez que é um dos principais meios de fácil acesso para se encontrar as contra-indicações. Ao mesmo tempo, a pessoa põe em risco a sua vida ingerindo medicações indicados para outros tratamentos e que, usando de maneira errada, leva ao surgimento de outras doenças.       Diante dos fatos expostos, medidas devem ser tomadas a fim de melhorar os índices de automedicação. Para isso, o Ministério da Saúde em parceria com a mídia deve promover frequentemente, em amplo território nacional, propagandas educativas ressaltando a importância da consulta clínica. Ainda o mesmo Ministério deve buscar medidas através de leis nacionais que encerre a venda de medicamentos sem bula e, até mesmo, acabe com a distribuição de amostras de determinados remédios em locais públicos. Além disso, Associações de pais, jovens e profissionais da área da saúde devem se mobilizar por meio de passeatas e manifestações a fim de pressionar o Estado a agir imediatamente contra a automedicação.