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Enviada em: 14/10/2017

No limiar do século XXI, muito se debate sobre a questão da automedicação. No Brasil, o número de pessoas que usam medicamentos por conta própria cresceu demasiadamente nos últimos anos. Prova disso é que de acordo com dados do jornal G1, 72% dos brasileiros se automedicam. Diante disso, dois aspectos importantes são evidenciados: a precariedade do sistema público em atender a população e o surgimento de superbactérias oriundas do uso errôneo dos antibióticos.        A dificuldade em se obter uma consulta para receber o medicamento adequado constitui a principal justificativa para a automedicação. O elevado preço das consultas particulares e a longa demora para ser atendido no sistema público faz com que muitas pessoas optem por se automedicarem. Além disso, a internet auxilia nesse processo, visto que, de acordo com a pesquisa do G1, 40% das pessoas que usam medicamentos por conta própria pesquisam esses produtos na internet.        Dessa forma, além de acarretar problemas hormonais oriundos do uso errado desses medicamentos, o surgimento de superbactérias constitui outro grande problema. A ingestão de remédios sem a necessidade do uso desses pode acabar selecionando as bactérias mais resistentes em nosso organismo. Essa seleção gera grandes problemas, pois, quando a pessoa ficar realmente doente e precisar do remédio, esse não será suficiente para combater esta doença. Desse modo, o tratamento à doença torna-se mais desgastante.       Infere-se, portanto, que a questão da automedicação é um problema a ser resolvido. Sendo assim, o Ministério da Saúde deve tomar, como medida paliativa, a criação de mais postos de saúde, a fim de fazer com que a população tenha acesso a uma consulta médica. Além disso, a mídia deve exercer sua função de "cão de guarda" da sociedade, alertando, por meio de propagandas e panfletos, a população contra os problemas da automedicação. Assim, o número de pessoas que se medicam por conta própria irá diminuir, invertendo o atual cenário.