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Enviada em: 28/10/2017

Fome de medicamentos      Alexander Fleming no século XX descobriu a penicilina e mudou o jeito que as doenças são encaradas pela sociedade. Sendo assim, os remédios surgiram para curar enfermidades e trazer bem-estar. Entretanto, os medicamentos fazem parte do cardápio dos brasileiros, assim, a automedicação acarreta riscos como reações alérgicas e dependência, o que caracteriza em um grave problema social, devido à facilidade em obter esses fármacos.       Primeiramente, o alivio rápido dos sintomas e por muitas vezes, a demora no atendimento medico nos serviços de saúde e os compromissos cotidianos, fazem que os brasileiros não procurem ajuda médica e façam a automedicação. Dessa forma, o uso indiscriminado de medicamentos sem auxílio profissional, gera riscos aos indivíduos. De acordo com a ANVISA no Brasil, o consumo de narcóticos é a principal causa de mortes por intoxicação, assim, esse cenário mostra a gravidade da situação. Logo, em uma sociedade em que o alivio instantâneo supera a prevenção, notam-se pessoas cada vez mais doentes, com mais remédios e menos saudáveis.     Outrossim, a prática da automedicação tem como consequência o aumento da resistência de micro-organismos adaptados aos fármacos,como as superbactérias. Além disso, ressalta-se a facilidade de obter medicamentos variados, por exemplo, nas grandes cidades, a cada ano o número de drogarias cresce. Desse modo, é evidente que a indústria farmacêutica tem lucros enormes, em detrimento da saúde coletiva. Embora que o uso de narcóticos precise de receita médica, a maioria dos antibióticos, analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios é vendida de maneira desenfreada. Por conseguinte, falta um maior controle do Estado, visto que, essas empresas visam apenas o lucro.      Portanto, o Ministério da Saúde deve criar um programa com cadastramento obrigatório do CPF e do número da matricula do médico na receita, a fim de haver um controle sobre os medicamentos comprados, e junto ao Poder Publico punir com altas multar e até interdição do local, as drogarias que façam vendas sem prescrição médica. Ademais, a ANVISA em parceria com o MEC deve criar programas de jogos interativos, que mostre a importância do uso racional de fármacos, para que os alunos comecem a ter consciência sobre o assunto.