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Enviada em: 27/10/2017

No Brasil, cultiva-se a ideia de que remédios caseiros, indicações de amigos e o ato de se automedicar, são práticas inofensivas à saúde. Isso se deve, principalmente, ao fato de que nossos ancestrais, devido à ausência de conhecimentos médicos, usavam plantas ditas medicinais. Neste sentido, é observado que essa prática é resultado de um processo histórico-cultural e que pode ter consequências graves na vida de quem o faz.    É relevante abordar, primeiramente, as causas dessa questão. No sistema precário de saúde, as pessoas estão descrentes no atendimento e na qualidade ao serviço e consequentemente, usam seus conhecimentos prévios para se examinarem. Junto a isso, a mídia influência a mídia influencia através de campanhas publicitárias com farmacêuticos. Dessa forma, grande parcela populacional opta pela forma mais rápida e compra remédio sem prescrição médica, persuadido pelos comerciais que dizem resolver o problema. Esses fatores colaboram para morte de 20 mil pessoas por ano no país, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas.    Sob esse viés, destacam-se as consequências do uso decorrente  desses medicamentos sem orientação de um especialista. As intoxicações, algo que parece inofensivo para muitos, são responsáveis por muitas mortes no Brasil. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, 29% dos óbitos do Brasil são provocados por intoxicação medicamentosa, entre elas, se enquadram a automedicação. Em decorrência disso, é importante ressaltar que embora seja proibido por lei vender certos medicamentos sem receita médica, farmácias que objetivam lucro não cumprem a norma e vendem sem nenhum prontuário. Desse modo, é perceptível que as consequências dessas práticas são graves e que medidas são necessárias para combatê-la.    Fica evidente, portanto que o uso de remédios sem orientação profissional é uma problemática que deve ser discutida. Para isso, o governo em parceria com a mídia podem restringir certas publicidades que induzem o consumo inapropriado dessas substâncias, promovendo campanhas que mostrem os riscos dessa prática para que a população seja mais ciente acerca dessa questão e consulte médicos, sempre que necessário. Inclusive, juntamente com a ANVISA devem fiscalizar as farmácias em território nacional com mais rigorosidade por meio de mais revisões periódicas com inspeções, punindo adequadamente quem desrespeitá-las. Assim, uma sociedade preocupada com o seu bem estar será formada.