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Enviada em: 30/10/2017

É incontrovertível o índice de pessoas que se submetem ao uso de medicamentos sem prescrição profissional na contemporaneidade. Tal fato baseia-se na presença de buscas acessíveis , façam-se na identificação de prováveis doenças, ou até mesmo, na compra de remédios para solucioná-las. Nesse sentido, não obstante, deve-se analisar os efeitos dessas ações no Brasil hodierno, uma vez que, além de poder acarretar graves impasses na saúde do usuário, a automedicação, na maioria dos casos, também gera consequências ao meio coletivo.   Em primeira análise, é irrefutável que o aumento substancial da inserção de medicamentos por conta própria  esteja em conexão com o advento da globalização. Isso ocorre porque os indivíduos encontram na internet resultados patológicos mediante aos sintomas que possuem .No entanto, essa prática gera ,muitas vezes , impactos antagônicos, pois, há amplas probabilidades do adepto ingerir fármacos que propiciam o desenvolvimento de outras doenças ,até mesmo ,mais maléficas. Acresce-se ainda, que o uso contínuo de remédios , sejam eles caseiros ou sintetizados, podem acumular-se nas correntes sanguíneas e ocasionar insuficiência hepática.   Outrossim , encaixam-se as gradativas dificuldades em coibir patogêneses bacterianas na sociedade vigente. De maneira análoga a esse impasse, enquadra -se o pensamento do filósofo inglês Thomas Hobbes , o qual afirma que o homem é o seu próprio maior inimigo ,tendo em vista que o consumo exacerbado de antibióticos tornam as bactérias resistentes, e, por seleção natural,conforme Darwin, eleva- se o índice de linhagens duráveis desses microorganismos. Dessa forma, as substâncias contra agentes etiológicos tornam-se obsoletas e ,por consequência , prejudicam a modernidade de forma íntegra.     Portanto, torna-se imperativo que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, em parceria com o Ministério da Saúde, fiscalize de forma efetiva sites de vendas e blogs que induzam a automedicação. Ademais, o poder público deverá criar uma ouvidoria para que os cidadãos possam denunciar drogarias quem vendam remédios sem autorizações médicas. Por fim, mas não menos importante, urge que o CONAR, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, atente-se as propagandas que promovam a adoção de quaisquer medicamentos , com o fito de prevenir futuras ações errôneas do corpo social.