Materiais:
Enviada em: 11/03/2018

Desde o mundo antigo com os egípcios, passando pela idade média onde substâncias eram manuseadas em segredos por causa do clero até a modernidade para o conhecimento mais amplo do corpo humano e suas funções, os medicamentos já eram inerentes para a saúde humana. No entanto, atualmente no Brasil, verifica-se o abuso desses que acarretam em males, uma vez que a automedicação é facilitada  pelo próprio registro dos fármacos, além de causar a resistência de microrganismos.        Em primeiro lugar, cabe destacar a facilidade de acesso que os cidadãos dispõem a certos medicamentos. Alguns para tratamentos comuns, como dores de cabeça, gripe e viroses em geral são enquadrados na Lista de Medicamentos Isentos de Prescrição Médica (MIP). Esse é o caso, por exemplo, do famoso paracetamol, fármaco para alívio de dor e febre, que caso utilizado em excesso prejudica o fígado pela produção de uma substância tóxica que não é eliminada pela metabolização normal. Dessa maneira, muitos medicamentos podem desencadear de intoxicações leves até levar a morte.       Por outro lado, a automedicação culmina na ocorrência de organismos super resistentes. Segundo o naturalista Charles Darwin e seu princípio de seleção natural, as espécies mais aptas ao meio ambiente são as que sobrevivem. Analogamente, é o que ocorre com as superbactérias que  sofrem mutações que lhe conferem resistência contra antibióticos popularizados e consumidos desenfreadamente. Assim sendo, muitos indivíduos tornam-se vulneráveis a essas patologias e acabam contraindo doença nocivas.       Infere-se, portanto, que a automedicação é um problema de saúde a ser superado. Para isso, é necessário que a Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) execute a atualização da MIP, bem como fiscalize farmácias e órgãos de distribuição de medicamentos a fim de que os fármacos sejam  prescritos sob a cautela profissional médica, evitando a super dosagem medicamentosa. Ademais, é importante que a escola em parceria com o Ministério da Saúde executem palestras e práticas com o auxílio de médicos e farmacêuticos para instruir desde já os pequenos sobre os cuidados e riscos da medicação, tornando-os mais responsáveis e conscientes. Finalmente, com essas medidas, a problemática será suplantada e a vitalidade coletiva vigorada. Pois, já dizia Hipócrates que a cura está ligada ao tempo e por vezes às circunstâncias.