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Enviada em: 02/05/2018

Segundo a teoria durkheimiana, o fato social configura-se como o poder que os meios externos exercem sobre as consciências individuais. Observa-se, assim, que o usuário de crack não se encaixa nos padrões extrínsecos que movem a sociedade. Portanto, essa conjuntura revela-se como um empecilho ao desenvolvimento social e uma represália à saúde pública. Urge salientar as consequências dessa problemática e verificar o papel estatal entorno desse tema.         Em primeira análise, é possível afirmar que o crack contribui para o aumento da marginalização no contexto nacional. A partir desse pronto, confirma-se o pensamento do sociólogo supracitado Emilé Durkheim acerca do fato social. Fundamenta-se, nesse caso, a ideia que o usuário torna-se excluído, levando, por conseguinte, da população periférica em situação de miséria. Nessa lógica, referencia-se a obra ''No meio do caminho'' se Carlos Drummond de Andrade, que alude à pedra como um obstáculo no cotidiano.         Outra observação que merece destaque é o fato que o vício se apresenta como um estágio de penosa reversão e requer meios de tratamento eficazes. Assim sendo, utilizar da força física para retirar os usuários das ruas e privá-los de sua liberdade caracteriza-se como ineficiente, pois desrespeita os direitos individuais e não media ações paliativas para a posterior inclusão ao corpo social. No que tange o pensamento kantiano, através da educação o homem pode ser ''construído'' e liberto. Mediante o exposto, implementar auxílios educacionais mostra-se como essencial resolução para esse imbróglio.        Desse  modo, torna-se imperante a atuação governamental para proporcionar a integração social e enfrentar a epidemia de crack no Brasil. Logo, é imprescindível que o Ministério da Saúde promova intervenções focalizadas na recuperação do individuo, desenvolvendo-se no âmbito educacional, com finalidade de obter efetiva melhora e integração social. Igualmente, espera-se que o Estado estabeleça como meta a inserção do cidadão recuperado, por meio de políticas públicas de auxílio psicológico, de emprego e moradia. Com essas condutas, o Brasil poderá obter um desenvolvimento significativo ao superar o empecilho em questão.