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Enviada em: 27/04/2018

A questão do crack é extremamente preocupante e problemática no Brasil. Apesar de, a droga ter surgido nos Estados Unidos nos anos 1980 se popularizou no Brasil. Logo, por ser mais barato que a cocaína, dispensar o uso de seringas e ter uma produção doméstica, o crack se espalhou rapidamente nas grandes metrópoles e até em pequenos municípios brasileiros. Por conseguinte, ela é uma droga mais potente do que a cocaína e de alto poder viciante. Portanto, além dos efeitos físicos da dependência, há graves consequências sociais, como dissolução de lares, prática de crimes, suicídios e violência, dessa forma, estão relacionados a fatores políticos, educacionais e também de saúde pública.    Inicialmente, destaca-se o plano político da questão. Logo, de acordo com uma pesquisa da revista britânica The Economist, o Brasil é o país do mundo com o maior número de viciados em crack, sendo mais de um milhão. Por conseguinte, a cidade de São Paulo possui dois mil usuários que vivem nas cracolândias, o que é muito preocupante. Contudo, o Governo de São Paulo tem tomado algumas medidas na cracolândia que são altamente contestáveis. Dessa forma, observa-se que a prefeitura tem agido de uma maneira muito repressiva na tentativa de ´´higienizar´´ as regiões do centro da cidade, apresentado discussões como internação compulsória, questões relacionadas à violência física e sanitarismo. Entretanto, fica óbvio que o usuário precisa de um tratamento mais humanizado.    Por outro lado, Émile Durkheim acreditava que a sociedade seria mais beneficiada pelo processo educativo. Para ele, ´´a educação é uma socialização da jovem geração pela adulta´´. Não obstante, a formação escolar brasileira não trata de forma aprofundada à questão das drogas, tangenciando-a em poucas aulas de ciências biológicas. Consequentemente, indivíduos sem uma formação sólida podem vir a serem estimulados pelo fenômeno da glamourização do uso das drogas. Logo, de acordo com uma pesquisa da UNIFESP 65% dos usuários de crack começaram a fazer esse uso antes dos 18 anos. Portanto, percebe-se que as iniciativas do Estado ao combate são ultrapassadas, de modo que, o crack está presente em todas as classes sociais.    A fim de atenuar o problema, ninguém melhor do que o Estado, a quem incumbe á preservação e á manutenção do bem-estar, garantir que os trabalhos relacionados ao crack sejam realizados a longo prazo. Portanto, é necessário que se tenha uma comissão de combate ao crack formada por psicólogos, psiquiatras, profissionais da saúde, ou seja, uma amparo muito diferente do oferecido pelo Governo para que se tenha uma diminuição do número de pessoas nas cracolãndias.